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O IBGE apresentou nesta quinta-feira, junto com os valores do PIB do segundo trimestre, os dados que mostram as trocas de recursos do Brasil com o exterior. A capacidade de financiamento do país - ou seja, o excedente que o Brasil produz e que pode ser usado para emprestar ao resto do mundo - caiu R$ 5,9 bilhões no segundo trimestre de 2005 passando para R$ 3,1 bilhões no segundo trimestre deste ano. Isso ocorreu devido, principalmente, à redução do saldo da balança comercial.

A capacidade de financiamento da economia só não foi menor porque houve uma diminuição no pagamento de juros ao resto do mundo. Como o estoque da dívida externa do país caiu, o pagamento de juros foi R$ 3,5 bilhões menor do que no mesmo período do ano passado. Por outro lado, houve um aumento de R$ 2,2 bilhões na remessa de lucros e dividendos, o que é um sinal dos bons resultados das empresas brasileiras.

AUMENTO DE RESERVAS INTERNACIONAIS - Apesar de o Brasil ter reduzido sua capacidade de financiamento, houve um aumento de R$ 5,3 bilhões nas reservas internacionais do país no segundo trimestre deste ano. Esse aumento de reservas, segundo Adriana Beringuy, é explicado basicamente pelas contas financeiras do país. O saldo comercial foi menor. Mas houve acréscimo das linhas de crédito ao comércio exterior e também o pagamento antecipado de títulos da dívida externa, como os bradies.

Além disso, o Brasil deixou de pagar desde dezembro do ano passado amortizações com o FMI e, no segundo trimestre, recebeu US$ 1,8 bilhão de organismos multilaterais como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial (Bird).

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