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Alternativas

Capitalismo busca ponto de equilíbrio

Embora o rumo natural das políticas econômicas passe a pender para o keynesianismo, economistas defendem que o ideal, para o mundo capitalista, é encontrar um ponto de equilíbrio entre o intervencionismo – que interessa mais aos socialistas – e o mercado sem qualquer regra. "A economia acumulou muito conhecimento desde a Grande Depressão, o que colabora para que se encontre a solução. O passado nos ensina, antes de mais nada, que os extremos são sempre prejudiciais, tanto o total liberalismo quanto a total regulação", diz Márcio Cruz, professor de Economia da Universidade Federal do Paraná. "Infelizmente, o nível ótimo de regulação, que não seja prejudicial a nenhuma das partes, não é fácil de ser encontrado, até porque a economia não é uma ciência exata. Ela lida com o comportamento humano e, ao contrário das ciências exatas, não tem como fazer vários testes ao mesmo tempo."

O primeiro desafio, segundo o economista, é evitar o chamado "risco moral". "Se não houver mudanças importantes na regulação de agora em diante, os agentes econômicos – os bancos, por exemplo – podem assumir riscos ainda maiores no futuro, imaginando que, sempre que a casa for cair, o setor público evitará o pior." Para Robson Gonçalves, do Isae/FGV, trata-se de evitar que o setor público se limite ao papel de bombeiro. "É preciso encontrar um papel para o Estado, sem a pretensão ridícula de substituir o mercado, mas com o dever de evitar os seus excessos. E os mecanismos de controle não podem ficar restritos a um país, é preciso uma regulamentação internacional."

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