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Georges Plassat, do Carrefour, também cogita parceiro local | Benoit Tessier/Reuters
Georges Plassat, do Carrefour, também cogita parceiro local| Foto: Benoit Tessier/Reuters

O presidente global da rede Carrefour, Georges Plassat, voltou a falar ontem, durante a divulgação de resultados do grupo, na intenção de abrir o capital da filial brasileira em 2015. Sem dar detalhes, ele já havia comentado essa possibilidade em outra teleconferência com investidores. Desta vez, no entanto, Plassat disse que cogita, também, que a injeção de capital seja feita por meio de um parceiro local.

"Queremos estar prontos no fim de 2014 para começar a pensar sobre a janela para lançamento em 2015", afirmou. Segundo o executivo, o Carrefour não tem necessidade de capital no Brasil, mas a presença de acionistas locais fortaleceria a empresa e a ajudaria a crescer no país.

A possibilidade de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) pelo Carrefour não é vista como de grande impacto para seu principal concorrente no varejo brasileiro, o Grupo Pão de Açúcar. Fontes acreditam que a rede francesa, dona de hipermercados e do Atacadão, tende a fazer uma oferta majoritariamente secundária, de forma que grande parte dos recursos sejam destinados para os acionistas franceses e não diretamente para a expansão no Brasil. Segundo uma fonte com conhecimento da operação, os arranjos para realização de um IPO no momento estão suspensos, embora o negócio permaneça "no radar" da companhia.

Numa oferta secundária, não há emissão de novas ações e o montante captado é destinado aos acionistas, não ao caixa da empresa. Com uma operação deste tipo, o Carrefour poderia captar cerca de R$ 5 bilhões caso os acionistas decidam vender uma fatia de até 25%, sem alterar o controle da companhia, calcula um profissional do mercado. O valor de mercado total da filial brasileira é estimado em R$ 20 bilhões.

Para outra fonte, "não vai ser fácil" levantar um valor tão alto sobretudo porque a percepção no mercado é de que a empresa não tem tido boa performance no Brasil. Na avaliação de um analista, uma oferta secundária "faz bastante sentido porque seria uma forma de canalizar recursos para a França, um desejo dos investidores europeus".

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