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A obrigatoriedade de instalação de sistemas de segurança nos automóveis brasileiros, especialmente airbags, freios ABS e rastreadores, movimenta a indústria de componentes e as montadoras. Este ano, 15% dos carros novos produzidos no país e importados precisam ter ABS e airbag para motorista e passageiro. Em 2012, essa fatia sobe para 30%, vai a 60% no ano seguinte e atinge a totalidade em 2014.

A Takata Petri, maior fornecedora local de airbags, passará de uma produção anual de 800 mil peças para até 6 milhões. Na terça-feira, a empresa lança a pedra fundamental de uma fábrica que produzirá bolsas para airbag em San José, no Uruguai, projeto orçado em US$ 10 milhões e com 100% da produção destinada ao Brasil – a escolha do país vizinho se deve aos menores custos.

Atualmente, as peças vêm do México, da Romênia e das Filipinas. Segundo Airton Evangelista, vice-presidente da Takata, a unidade entrará em operação em 2012, com capacidade para 7 milhões de peças ao ano, das quais 6 milhões serão usadas na produção de airbags na fábrica de Jundiaí (SP), destinados às montadoras brasileiras, e o restante deverá ser exportado. "Queremos manter nossa participação atual, de 50% das vendas."

A outra metade é importada pelas próprias montadoras e pela TRW – que, desde 2008, estuda a montagem local, agora prometida para 2012. A Autoliv também detém pequena fatia de vendas, com bolsas montadas com itens importados.

Produção

A Bosch, única fabricante de freios ABS na América do Sul, vai mais que triplicar a produção nos próximos três anos, além de nacionalizar o motor do equipamento. Inaugurada em Campinas (SP) em 2007, a fábrica de ABS opera com duas linhas de montagem, e está perto do limite da capacidade de 650 mil módulos por ano. No início de 2012, a empresa inaugura uma terceira linha, com produção adicional de 800 mil peças e, dois anos depois, outra linha para mais 800 mil peças. Segundo o gerente de vendas e marketing da Bosch para a América Latina, Carlo Gibran, o sistema que será produzido a partir do próximo ano é mais avançado que o atual.

Hoje, todos os componentes do ABS são importados e a Bosch faz a montagem e a usinagem do bloco de alumínio. Com o cenário de ampliação de demanda, a empresa decidiu produzir localmente o motor do sistema antibloqueio de frenagem e estuda a nacionalização de outros itens. Segundo Gibran, o índice de nacionalização do ABS hoje é de 20% a 25%, fatia que irá a mais de 60%, o que permitirá a exportação do componente. O valor do investimento no projeto ainda não foi anunciado.

A Delphi, por sua vez, está ampliando a produção de módulos eletrônicos para airbags e ABS e já tem pronto um sistema de rastreamento integrado que dificulta fraudes. No caso do rastreador, ainda não há data definida para o início da obrigatoriedade por questões ligadas à infraestrutura, como, por exemplo, as antenas de transmissão de dados.

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