Depois que seu Clio Hi-Flex 2007 entrou em "combustão espontânea" quando estava estacionado, em março, a secretária executiva Maria Victória Buschmann Gonçalves também demorou mais do que o previsto para retirá-lo da oficina. O princípio de incêndio, provocado por um curto-circuito na bomba de combustível, foi o suficiente para danificar o estofamento traseiro, carpete e as peças próximas ao tanque.
No mesmo dia, o carro foi encaminhado para uma oficina indicada pela seguradora, que cobriu os danos e autorizou os reparos necessários. A promessa foi de que o veículo ficaria pronto até o dia 14 de abril. Na data, no entanto, a proprietária foi informada de que o carro não estava pronto pois a Renault não tinha o tanque de combustível para reposição e que não havia previsão para o fornecimento da peça.
"Liguei no SAC da Renault e eles me informam que o pedido estava em andamento e que não poderiam ajudar com mais nada. Neste meio tempo fiquei sem o carro reserva da seguradora e a Renault não se comprometeu em me fornecer um", afirma a secretária.
Maria Victória só conseguiu retirar seu veículo da oficina na última quarta-feira, mais de 20 dias após o prazo combinado inicialmente. Além dos contratempos por ter ficado sem o carro, ela garante que o problema é muito mais grave. Assustada com o risco de um acidente de sérias proporções, a consumidora buscou informações com outros proprietários do modelo em sites de relacionamento, consultou revistas especializadas e conversou com mecânicos e seguradoras. A constatação foi de que o princípio de incêndio que ocorreu com o seu veículo já aconteceu com dezenas de outras pessoas em todo o país.
"Aparentemente este problema é recorrente no Clio e a Renault tem conhecimento do fato. Mas eles não fizeram nada para mudar, chamando um recall do modelo, por exemplo. Alguma providência deve ser tomada, já que um carro que pega fogo sozinho pode explodir e colocar em risco a vida das pessoas", afirma.
A respeito das possíveis causas do incêndio, a diretoria de comunicação da Renault informa por meio de nota que seria necessária uma inspeção do veículo, "o que já não é mais possível, uma vez que a cliente optou por fazer o reparo em oficina de sua confiança, porém não integrante da rede de Concessionárias Renault".
A nota acrescenta ainda que a observação de que "são conhecidos muitos casos de bombas de combustível queimadas" pode não significar que a bomba ocasionou o incêndio, "sendo na verdade um jargão utilizado pelos mecânicos para dizer que a bomba de combustível não está mais funcionando", afirma.
"Nos raros casos de incêndio trazidos ao conhecimento desta montadora foi feita a perícia e o resultado sempre demonstrou que a origem do incêndio não era decorrente de defeito de produto", garante a Renault. (ACN)
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