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A advogada Priscila Carrano mostra as fotos feitas depois da batida | Antônio More/Gazeta do Povo
A advogada Priscila Carrano mostra as fotos feitas depois da batida| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Carta

Taxa de instalação

Estou indignada com a cobrança da assistência técnica da Brastemp para a instalação de um fogão novo comprado recentemente. Este sempre foi um serviço gratuito e agora eles só fazem a instalação mediante o pagamento de R$ 60.

Marilena de Oliveira

Resposta

"Referente à reclamação da Sra. Marilena, esclarecemos à consumidora que a cobrança das peças adicionais necessárias para a instalação do fogão e da mão de obra do técnico é devida e está prevista no manual do produto. A instalação foi realizada em 22 de fevereiro. Pedimos desculpas pelo transtorno e ficamos à disposição para mais esclarecimentos."

Atendimento ao Consumidor Brastemp

Réplica

Um atendente da Brastemp me ligou e, após conversarmos, entendi que os serviços são terceirizados e é essa a razão da cobrança que, no meu caso, subiu para R$ 160 por causa das peças de adaptação necessárias. Alegaram que é assim mesmo. Não quiseram entender que isso traz perigo para as instalações que as pessoas fizerem por conta própria.

Uma consumidora curitibana afirma que seu carro teve cerca de 20 peças furtadas enquanto estava sob responsabilidade da oficina de uma concessionária autorizada da Citroën. O automóvel, modelo C3, havia sido levado ao conserto após um acidente mas, diante da negativa de cobertura da seguradora, precisou ser retirado pela proprietária para ser encaminhado a outra oficina.

Quando foi com o guincho retirar o carro, ela alega ter constatado a ausência ou a substituição de vários itens. Segundo ela, as fotos tiradas logo após o acidente não coincidem com o estado em que o veículo se encontrava no momento em que saiu da concessionária. "Ao que parece, os funcionários tinham como certo que a seguradora daria perda total e aproveitaram para retirar algumas peças originais. O carro foi literalmente ‘depenado’", garante a advogada Priscila Martins Carrano, proprietária do carro.

Segundo relata, acessórios como estepe, triângulo de sinalização, bateria, acendedor de cigarros, relógio digital interno, alavancas das portas, macaco, faróis de neblina foram retirados do veículo, mesmo sem ter relação com os estragos da batida. A grade frontal cromada, que não havia sido danificada no acidente, foi substituída por outra quebrada. Ao perceber a ausência dos itens a consumidora registrou boletim de ocorrência de furto qualificado por abuso de confiança.

"Com o BO em mãos fui com o meu advogado até a concessionária e o chefe do setor de mecânica ficou visivelmente nervoso quando nos viu com o documento. Ele pediu o endereço do meu mecânico particular e levou parte das peças na manhã seguinte, dentre as quais uma bateria nova que sequer foi tirada do plástico, já que a bateria que havia sido colocada no carro estava em condições deploráveis", afirma.

A consumidora diz que procurou a concessionária em busca de um acordo, mas considerou a oferta apresentada pelo gerente "excessivamente desvantajosa". Ela também entrou em contato com a Citroën do Brasil, através de e-mail encaminhado ao "Fale com o Presidente". "Mas recebi apenas um resposta automática com a promessa de um retorno que não se concretizou." Priscila também acionou ainda o SAC da empresa além de enviar uma notificação extra-judicial.

Em resposta encaminhada pelo departamento de marketing à cliente, a Citroën informa que entrou em contato com a concessionária Bou­­levard Curitiba e que, diante da devolução das peças, "os inconvenientes foram solucionados e todos os fatos foram esclarecidos pelo concessionário". A consumidora, por sua vez, considera a resposta insatisfatória. "É uma coisa muito grave para que eles finjam que nada está acontecendo", afirma. Agora, Priscila move uma ação na Justiça contra a concessionária requerendo indenização por danos morais.

Procurada para se manifestar, a Citroën do Brasil informou que só poderá se manifestar sobre o episódio dentro de dez dias, após um levantamento interno e análise do episódio pelos setores responsáveis.

Para o advogado Adriano Barbosa, representante da consumidora, a simples devolução das peças não resolve definitivamente a questão, já que a concessionária mantém a responsabilidade objetiva independentemente da culpa. "Quando alguém compra um carro e o leva em uma oficina autorizada está em busca de segurança e, acima de tudo, de confiança. E foi justamente essa confiança, base de qualquer relação de consumo, que foi quebrada", avalia.

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