Greve completa uma semana e 1,5 milhão de correspondências já deixaram de ser entregues em todo o Paraná - A greve dos funcionários dos Correios no Paraná continua até pelo menos até amanhã. Durante assembleia, na tarde de ontem, os funcionários decidiram manter a paralisação. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), amanhã será realizada uma audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, onde empresa e grevistas tentarão chegar a um acordo.
O movimento grevista é nacional e para que seja encerrado é necessário que pelo menos 18 sindicatos decidam pelo fim da paralisação. Ao todo, são 35 sindicatos que representam os trabalhadores dos Correios no Brasil. Os grevistas reivindicam uma reposição salarial de 41,03%, que corresponderia a perdas ocorridas desde agosto de 1994. Outros pedidos são de aumento linear de R$ 300 no piso salarial da categoria, que é de R$ 640, além de segurança armada e portas giratórias nas agências e redução da jornada de trabalho. A empresa ofereceu 9% de aumento válido por dois anos, e um adicional de R$ 100 sobre o piso.
De acordo com a assessoria de imprensa dos Correios no Paraná, cerca de 1,5 milhão de objetos deixaram de ser entregues no estado inteiro durante a greve, que completou uma semana ontem. A empresa calcula que a adesão a greve atinge cerca de 20% dos trabalhadores do estado. Em todo o país, cerca de 40,5 milhões de correspondências e 441 mil encomendas já estão atrasadas
Manifestações
Durante a manhã de ontem, os grevistas realizaram um protesto e fizeram o enterro simbólico do presidente nacional dos Correios, Carlos Henrique Custódio, e do diretor estadual da empresa no Paraná, Itamar Ribeiro. Segundo o Sintcom-PR, o motivo do protesto foi a intransigência dos diretores na negociação com os funcionários. Está previsto para hoje pela manhã um panelaço em frente à sede estadual dos Correios, na Rua João Negrão.
Contas
A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa ao Consumidor do Paraná (Procon-PR) alerta que o não recebimento das correspondências não dá aos clientes o direito de fazer os pagamentos com atraso. A solução é procurar a empresa credora e solicitar o envio de uma segunda via da fatura por fax ou e-mail ou buscar outra forma de pagamento, como o depósito bancário. Apenas caso a empresa se recuse a fazer a cobrança de outra forma é que o consumidor pode reclamar junto ao Procon.



