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Campanha

Bancários podem parar amanhã

Folhapress

São Paulo - Bancários de todo o país fazem assembleias hoje para decidir se vão entrar em greve por tempo indeterminado a partir de amanhã por causa do impasse na campanha salarial deste ano. O Comando Nacional dos Bancários, formado por sindicalistas que negociam em nome de 400 mil funcionários (representados por 134 sindicatos de todo o Brasil), informa que, se não houver uma proposta salarial melhor à categoria, os trabalhadores devem parar.

Na última sexta-feira, o comando enviou comunicado à Fenaban (federação dos bancos) rejeitando a oferta feita pela entidade: reajuste salarial de 4,5% e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) paga em duas parcelas. A primeira parte é de 1,5 salário até R$ 10 mil e 4% do lucro líquido deste ano. A segunda parte é de 1,5% do lucro líquido (igualmente distribuído entre os empregados) até R$ 1,5 mil.

De acordo com os sindicalistas, atualmente os bancos podem distribuir até 15% do lucro líquido em forma de PLR para os trabalhadores. Pela proposta feita neste ano, esse percentual seria reduzido para 4%. Os trabalhadores também querem incluir na convenção coletiva cláusula de proteção aos empregos em caso de fusão, o que foi rejeitado pelos empregadores.

Na pauta de reivindicação dos bancários está ainda reajuste salarial de 10%, PLR no valor de três salários mais R$ 3.850 fixos. Também pedem valorização dos pisos salariais e adicional de risco de vida de 40% do salário para quem trabalha em agências e postos.

Greve completa uma semana e 1,5 milhão de correspondências já deixaram de ser entregues em todo o Paraná - A greve dos funcionários dos Correios no Paraná continua até pelo menos até amanhã. Durante assembleia, na tarde de ontem, os funcionários decidiram manter a paralisação. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), amanhã será realizada uma audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, onde empresa e grevistas tentarão chegar a um acordo.

O movimento grevista é nacional e para que seja encerrado é necessário que pelo menos 18 sindicatos decidam pelo fim da paralisação. Ao todo, são 35 sindicatos que representam os trabalhadores dos Correios no Brasil. Os grevistas reivindicam uma reposição salarial de 41,03%, que corresponderia a perdas ocorridas desde agosto de 1994. Outros pedidos são de aumento linear de R$ 300 no piso salarial da categoria, que é de R$ 640, além de segurança armada e portas giratórias nas agências e redução da jornada de trabalho. A empresa ofereceu 9% de aumento válido por dois anos, e um adicional de R$ 100 sobre o piso.

De acordo com a assessoria de imprensa dos Correios no Paraná, cerca de 1,5 milhão de objetos deixaram de ser entregues no estado inteiro durante a greve, que completou uma semana ontem. A empresa calcula que a adesão a greve atinge cerca de 20% dos trabalhadores do estado. Em todo o país, cerca de 40,5 milhões de correspondências e 441 mil encomendas já estão atrasadas

Manifestações

Durante a manhã de ontem, os grevistas realizaram um protesto e fizeram o enterro simbólico do presidente nacional dos Correios, Carlos Henrique Custódio, e do diretor estadual da empresa no Paraná, Itamar Ribeiro. Segundo o Sintcom-PR, o motivo do protesto foi a intransigência dos diretores na negociação com os funcionários. Está previsto para hoje pela manhã um panelaço em frente à sede estadual dos Correios, na Rua João Negrão.

Contas

A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa ao Con­sumidor do Paraná (Procon-PR) alerta que o não recebimento das correspondências não dá aos clientes o direito de fazer os pagamentos com atraso. A solução é procurar a empresa credora e solicitar o envio de uma segunda via da fatura por fax ou e-mail ou buscar outra forma de pagamento, como o depósito bancário. Apenas caso a empresa se recuse a fazer a cobrança de outra forma é que o consumidor pode reclamar junto ao Procon.

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