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O Mercado Municipal de Curitiba esteve lotado ontem: circulação de consumidores aumenta em média 50% nesta época do ano |
O Mercado Municipal de Curitiba esteve lotado ontem: circulação de consumidores aumenta em média 50% nesta época do ano| Foto:
  • Maria Regina Nobre ainda precisava comprar os itens para o almoço de Natal
  • Para o empresário Rodrigues, preços estão parecidos com os do ano passado

Os curitibanos lotaram ontem os supermercados e as lojas do Mercado Municipal em busca de produtos para a ceia de Natal. Na véspera da comemoração, o movimento chega a dobrar em relação aos dias normais e a previsão da Associação Paranaense de Supermercados (Apras) é de um crescimento de 15% a 20% nas vendas em relação ao ano passado.Além das carnes tradicionais, como peru e chester, e das frutas secas, a mesa deve ter maior presença de importados, como vinhos, peixes, bacalhau, frutas secas e azeite de oliva. O dólar fraco derrubou o preço desses itens em média entre 18% e 20%, segundo Wanclei Said, diretor administrativo financeiro da rede de supermercados Condor.A empresa espera um aumento de 25% nas vendas em relação a 2008. "O fim da crise, a redução do desemprego e o aumento da renda estão fazendo com o que o cliente invista mais na ceia deste ano", diz. Nessa época, as vendas de carnes e frutas crescem 40% e o tíquete médio, por compra, passa de R$ 60 para R$ 90.

Para os consumidores, um ponto a favor é que os preços dos produtos nacionais estão muito parecidos com os do ano passado, na opinião do empresário Pedro Rodrigues, de 58 anos, que ontem comprava peru e frutas frescas. A ceia, que terá a presença de 18 pessoas, terá vários tipos de bebidas, como espumantes, vinhos e cerveja.

O aumento da oferta de marcas no mercado também deve impulsionar as vendas de panetone. O grupo Pão de Açúcar adquiriu 3 mil toneladas do "pão de Natal" de 17 marcas para comercialização nas lojas das bandeiras Extra e Pão de Açúcar – com isso, espera aumentar em 15% as vendas do item. Também há expectativa de incrementar em 20% a venda de cestas natalinas.

Entre os importados, a previsão é de crescimento de 30% na venda dos produtos de decoração natalina, como arranjos de mesa, enfeites, guirlandas, árvores, presépios, velas, bonecos musicais e itens de iluminação.

A servidora pública Vandérleia Centenaro, de 42 anos, aproveitou os bons preços dos importados para renovar seu estoque de enfeites natalinos. Ontem ela estava comprando acessórios para mesa, enfeites de árvore e de porta. "Há muitas promoções e os produtos chineses, feitos de resina, são muito baratos", acrescenta.

O diretor de operações do Walmart para o Paraná e Santa Catarina, Elton de Melo Brito, diz que o movimento está superando as expectativas nos últimos dias, sobretudo nas vendas de frutas secas, com alta de 30%, e de importados – como vinhos, chocolates e azeites – com acréscimo de 40% e 50% em relação ao mesmo período do ano passado. Na média, o grupo espera vender entre 15% e 20% mais.

Horário estendido

A maior parte dos supermercados vai abrir hoje até as 18 horas para atender os consumidores que deixaram as compras para a última hora. "Esperamos um movimento bem forte hoje, especialmente na venda de carnes e frutas", afirma o gerente do supermercado Festval nas Mercês, Sérgio de Souza.

Ontem o movimento estava grande também no Mercado Municipal, onde a psicóloga Maria Regina Almeida Nobre, 58 anos, estava comprando os produtos para o almoço de Natal, cujo cardápio terá perdizes recheadas, peixe, creme de castanha e arroz negro com champignon. "Vim comprar os complementos que estão faltando, como queijos e frutas", afirmou.

Os supermercados abriram 2 mil vagas temporárias para o fim do ano, mas nem todos conseguiram completar seus quadros por falta de mão de obra disponível. O grupo Condor, que ofertou 150 vagas para o Natal e o ano-novo em Curitiba e região, só conseguiu preencher 50, de acordo com Said. O Walmart conseguiu completar as 420 vagas abertas, mas o diretor de operações admite que foi uma tarefa árdua. "Não apenas as vendas estão aquecidas. O mercado de trabalho também", acrescenta Brito.

Colaborou Cássio Barbosa

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