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De acordo com a agência, a "principal razão" de adotar um nono dígito como forma de ampliar as possibilidades numéricas para os celulares é "preservar a padronização da forma de discagem utilizada pelos usuários para a realização de chamadas locais e de longa distância." | Hugo Harada/ Agência de Notícias Gazeta do Povo
De acordo com a agência, a "principal razão" de adotar um nono dígito como forma de ampliar as possibilidades numéricas para os celulares é "preservar a padronização da forma de discagem utilizada pelos usuários para a realização de chamadas locais e de longa distância."| Foto: Hugo Harada/ Agência de Notícias Gazeta do Povo

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidiu nesta quinta-feira (9) elevar para nove os dígitos dos celulares de São Paulo como forma de evitar a escassez de números. A decisão foi tomada durante reunião na tarde desta quinta pelo Conselho Diretor da agência. Com a medida, as prestadoras terão um prazo de 24 meses para implementar a possibilidade de discagem com o novo dígito.

O conselho diretor da Anatel chegou a avaliar a possibilidade de criar um novo código de área para São Paulo –além do 11 usado nas ligações interurbanas o órgão estudou a implantação do DDD 10. Os conselheiros da Anatel, no entanto, acabaram decidindo pela adição de mais um dígito nos números de telefone.

"Ao analisar as alternativas existentes - a adoção de um novo código nacional (CN10) sobreposto ao CN11 -, o Conselho Diretor considerou os pontos favoráveis e as dificuldades de implementação das duas alternativas e optou pela segunda", diz a Anatel em nota.

De acordo com a agência, a "principal razão" de adotar um nono dígito como forma de ampliar as possibilidades numéricas para os celulares é "preservar a padronização da forma de discagem utilizada pelos usuários para a realização de chamadas locais e de longa distância."A preocupação com a possibilidade de criar um novo código de área para São Paulo foi manifestada por usuários, segundo a Anatel, quando a agência realizou consultas e audiências públicas para tratar do tema.

"O modelo padronizado de numeração adotado no Brasil é uma conquista de toda a sociedade brasileira e deve ser preservado, pois permite a clara identificação do tipo de chamada e da área geográfica da localização do usuário", argumentou a Anatel na nota.

A agência informou que não detectou a necessidade de expansão dos dígitos em outras regiões do país.

Medidas complementares

Além da implantação do nono dígito em celulares de São Paulo, a Anatel decidiu adotar outras quatro medidas complementares para evitar a escassez numérica no país. Uma delas é a redução do período de "quarentena" para a reutilização da numeração liberada por celulares desativados.

A agência também resolveu adotar a utilização de série específica de numeração para os modens 3G e outros dispositivos que não façam comunicação de voz.

Outra medida será a fixação de prazo para a implantação de mecanismos de alocação dinâmica de numeração que permita a atribuição de numeração ao chip somente no momento da ativação do usuário.

O Conselho Diretor da Anatel decidiu ainda criar um grupo de trabalho, coordenado pela agência e composto por representantes das prestadoras de telefonia, para acompanhar a implementação das medidas anunciadas.

Celulares

Em outubro deste ano, o Brasil ultrapassou a marca de um celular por habitante. De acordo com números divulgados pela Anatel, existem 194,44 milhões de acessos no país. Segundo dados do IBGE, a população brasileira é de 193,6 milhões de habitantes.

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