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O corte da nota soberana dos Estados Unidos pode ter implicações negativas para países emergentes, mas o cenário para o rating do governo brasileiro segue positivo, afirmou um executivo da Standard & Poor's.

"Temos uma perspectiva positiva para Brasil, que tem ainda tem chance de continuar subindo", disse o analista reponsável na agência de classificação de risco pelo rating do Brasil, Sebastian Briozzo.

Nesta segunda-feira, os mercados financeiros globais tiveram uma sessão de perdas acentuadas, após a S&P ter decidido cortar a nota conferida ao governo norte-americano, de "AAA" para "AA+", na sexta-feira à noite.

Para Briozzo, alguns países com notas mais baixas poderão sofrer. Isso porque, para captar recursos nos mercados internacionais, muitos países pagam o equivalente ao cobrado dos 'treasuries' dos Estados Unidos mais um prêmio proporcional ao risco percebido pelo mercado.

À medida que o governo norte-americano seja obrigado a pagar mais para captar, o efeito indireto pode ser o encarecimento dos empréstimos para outros governos com notas de crédito mais baixas. Mas o analista da S&P avalia que isso não acontecerá no caso do governo brasileiro.

"Para Brasil não terá efeito sobre taxas de juros nos títulos do país", disse Briozzo.

Em maio passado, a agência revisou de "estável" para "positiva" a perspectiva para o rating de crédito de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil, que está desde abril de 2008 em "BBB-", no menor patamar dentro da faixa considera de investimento de baixo risco.

A perspectiva positiva significa que a nota do país pode ser elevada pela agência num prazo de 6 a 24 meses.

Outras duas importantes agências de rating --Moody's e Fitch-- classificam o Brasil como grau de investimento, com notas "Baa3" (perspectiva positiva) e "BBB" (perspectiva estável), respectivamente.

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