Os governadores tucanos Pedro Taques (Mato Grosso) e Marconi Perillo (Goiás) afirmaram que o Centro-Oeste apoiará a proposta de moratória dos estados por um ano, levantada pelo governador do Rio, Francisco Dornelles (PP).
“Mato Grosso não está em situação tão difícil, mas estados como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e alguns do Nordeste estão. Se o governo federal não fizer algo nesse sentido, ficará complicado. A nova equipe econômica tem de estar atenta a isso”, afirmou Taques nesta quarta-feira (18) durante evento promovido pelo Lide e o American Society/Council of The Americas em Nova York.
Meirelles responde a pedido de moratória dos estados e exige ajuste “duro”
Leia a matéria completaEle afirmou que o próximo passo será encaminhar oficialmente a proposta ao governo federal em nome dos estados e, então, debater como isso seria feito.
Segundo os governadores, a moratória permitiria a liberação de recursos para investimentos no estado. Para Taques, os estados precisam que o governo federal deixe de agir como um “administrador de cartão de crédito”.
Perillo também criticou a postura da União e disse que o Tesouro Nacional atuou por anos “como um agiota” diante dos altos juros cobrados.
Crédito
A uma plateia de empresários e investidores brasileiros e americanos, Taques disse que a falta de apoio do governo federal para a captação de crédito no exterior tem prejudicado o estado. “A União precisa dar aval. No ano passado, não fizeram. Agora com a nova administração, a possibilidade do aval é possível”, disse.
Segundo o tucano, o Estado do Mato Grosso tem capacidade de levantar cerca de US$ 5 bilhões.
Taques se disse otimista com o governo de Michel Temer, mas “realista”. “O presidente [interino] precisa aprovar muitas medidas e o Congresso é o mesmo do passado”, afirmou.
(*) A jornalista viajou a convite do Lide
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