A Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) cortou para -0,6% a estimativa de desempenho da economia da América Latina em 2016. Em dezembro do ano passado, a Cepal havia projetado crescimento de 0,2% para a região neste ano.
A projeção evidencia, segundo a instituição, o cenário global adverso com crescimento lento nos países desenvolvidos, desaceleração de emergentes, especialmente da China, volatilidade crescente nos mercados financeiros e baixos preços de commodities. No âmbito interno dos países latino-americanos, a Cepal destaca a contração dos mercados domésticos, com retrações em investimentos e consumo.
A análise dos dados pelas sub-regiões do continente apontam para diferenças “marcantes” na dinâmica de crescimento dos países e mostra que a taxa negativa é determinada pelas economias da América do Sul. Nesta região, o recuo médio do Produto Interno Bruto (PIB) deve ser recorde, de 1,9%. Entre os motivos que devem levar a este desempenho está a forte correlação com a economia chinesa, com grandes volumes de petróleo e minérios exportados.
Na América Central, por outro lado, o crescimento médio deve ser de 3,9%, o que representa uma desaceleração ante a taxa de 4,3% registrada em 2015. A recuperação mais lenta dos Estados Unidos e ajustes fiscais internos são apontados como fatores que levaram ao ritmo mais baixo de crescimento das economias da região.
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