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O pulverizado mercado de chás – ocupado quase que totalmente por inúmeras pequenas empresas regionais – ganhou um concorrente de peso nesta semana com o lançamento da linha Royal Blend, distribuída pela multinacional Kraft Foods, que tem sede nacional em Curitiba. A empresa entra no que conceitua como "próspero mercado", com cinco variações do produto: hortelã, camomila, capim-cidreira e erva-doce. Segundo dados do Instituto Nielsen divulgados pela Kraft, o setor de chás movimenta anualmente 5 mil toneladas. A multinacional vai competir justamente no segmento mais expressivo – de ervas, frutas e flores –, responsável por 64,8% dos R$ 211 milhões movimentados em 2004.

Chá quente 2

A líder deste mercado é a paranaense Leão Júnior, fabricante de uma linha com mais de 20 variações de chá quente. Para o consultor de marketing da empresa, Roger Rieger, a entrada da multinacional norte-americana no segmento não representa uma ameaça para a Leão, e sim uma oportunidade para ampliá-lo ainda mais. "É um mercado com grande movimentação, assim como todos aqueles de produtos naturais, no qual sempre há público para os lançamentos."

Falando nisso...

A Leão Júnior prepara para dezembro o lançamento do Green Tea, chá verde puro, pronto para beber. A bebida, uma das mais consumidas no mundo, já serve de base para outro produto da empresa, o Tao Tea, lançado em abril. Nesta versão, no entanto, ela vem misturada ao mate verde nos sabores tangerina e abacaxi com hortelã.

Dólar para atrair estrangeiro

O Brasil está atraindo turistas estrangeiros mais gastadores, apesar do câmbio desfavorável, segundo estudo da Embratur. Eles deixaram em terras brasileiras pouco mais de US$ 309 milhões em outubro, 14,86% mais do que no mesmo mês de 2004. No ano, o crescimento já é de 21,64%. Tanto interesse pelas atrações tupiniquins justifica a proposta que o presidente do Sindilitoral, José Carlos Chicarelli, está apresentando aos empresários associados. Ele defende a prática de um câmbio mais favorável aos estrangeiros, com o dólar fixado entre a cotação comercial e a do mercado paralelo. Como no litoral paranaense não se tropeça em casas de câmbio a cada passo – caso de Santa Catarina, a sugestão é de que os comerciantes afixem placas na fachada de seus estabelecimentos com os valores do dia para o dólar.

Panetones do Paraná

A indústria de alimentos Siena, de São José dos Pinhais, vai esperar apenas a passagem do Natal para se mudar para uma sede maior. A mudança vai acomodar melhor a produção crescente da linha de panetones fabricados com fermentação natural, a partir de uma receita típica italiana. Fundada por imigrantes há 25 anos, a Siena trabalha com as marcas Roma e Festtone e também produz bolos de páscoa. A grande diferença para as marcas líderes está na prateleira: o panetone de 500 gramas custa cerca de R$ 4,00, metade do preço dos grandes concorrentes. Parte da produção também atende a linha de panetones do tipo "marca própria" para diversas redes de supermercado paranaenses e nacionais.

Prateleira cheia 1

A Embafort Embalagem Industrial corre sério risco de, em breve, ter de ampliar o espaço onde guarda os troféus recebidos em prêmios das áreas de meio ambiente e responsabilidade social. A empresa curitibana, fundada em 1988, está entre as três finalistas da categoria Pequenas e Microempresas do Prêmio Valor Social 2005, promovido pelo jornal "Valor Econômico". A indicação não chega a ser surpresa. A Embafort já recebeu três vezes o Prêmio CNI de Ecologia, da Confederação Nacional da Indústria. E até o fim do ano deverá ser a única empresa do mundo do setor de embalagens e reciclagem de madeira com quatro certificações: ISO 9000 (qualidade), ISO 14000 (meio ambiente), OHSAS 18000 (saúde e segurança do trabalho) e SA 8000 (responsabilidade social).

Prateleira cheia 2

O proprietário Humberto Ramos Cabral diz que 5% do faturamento da empresa – que em 2004 foi de R$ 5,5 milhões – é destinado a 40 projetos sociais internos e externos. "E todos os 42 funcionários participam. Eles se envolvem muito com essas questões." No projeto "Reciclando o presente, preservando o futuro", por exemplo, os colaboradores participam da separação e comercialização de resíduos de madeira. Os recursos são investidos em programas para o desenvolvimento pessoal e profissional dos próprios funcionários – dentro da empresa há biblioteca, aulas de espanhol, inglês, 1.º e 2.º graus e reforço escolar. Outro projeto, o "Andorinhas", encaminha sobras de madeira a 70 famílias carentes, que fazem artesanato e conseguem renda média de dois salários mínimos mensais. "A empresa mantém o espaço onde as peças são vendidas, mas quem corre atrás de mercado são eles", diz Cabral, adepto da filosofia de "ensinar a pescar".

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