A plataforma de campanhas Change.org anunciou na terça-feira (9) a arrecadação de US$ 25 milhões de investimentos feitos por líderes em tecnologia, negócios e mídia. A finalidade dos recursos é ampliar a atuação da companhia de abaixo-assinados, que está agora na sua terceira rodada de investimentos.
Nomes como Bill Gates e Ashton Kutcher aparecem na lista junto a empresários de tecnologia e comunicação, como o CEO do LinkedIn, Jeff Weiner, o cofundador do Twitter, Evan Williams, e a fundadora do jornal The Huffington Post, Arianna Huffington.
De acordo com a diretora-geral da Change para a América Latina, Susana Garrido, a maior prioridade da empresa é desenvolver tecnologias para melhorar a experiência da participação social através da plataforma e expandir a presença da companhia para mais países.
"Melhoramos muito nossa equipe de engenheiros, mas ainda não é suficiente. A tecnologia muda muito rápido", diz Susana. Com maior presença online, a diretora pensa que mais pessoas possam entender e participar da forma de organização online.
Dispositivos móveis
Um dos pontos importantes, segundo a diretora-geral, é a criação de um aplicativo que junte a proposta de ativismo social na web, através das petições e campanhas, com os recursos da tecnologia de dispositivos móveis.
"Queremos um app que mobilize em tempo real. O usuário pode usar a geolocalização para que consiga ver as iniciativas próximas, como em seu bairro, e tirar uma foto para anexar em seu abaixo-assinado", explica.
Hoje, a Change tem um aplicativo disponível para Android que realiza as mesmas atividades do site, como criar petições e compartilhá-la com a sua rede de contatos.
O investimento também será usado para ampliar o projeto chamado "Para Quem Decide", que aproxima campanhas com os responsáveis por tomarem decisões na esfera pública e privada. O projeto já funciona em cidades nos Estados Unidos e na Espanha.
No Brasil
Susana revela que a Prefeitura de São Paulo mostrou interesse em participar do projeto "Para Quem Decide", mas sem datas definidas. Caso o acordo se realize, o prefeito de São Paulo terá um perfil na plataforma e poderá responder a petições endereçadas a ele.
"O Brasil é um dos países prioritários na América Latina porque tem muito potencial e uma população extremamente ativa na internet. Queremos mostrar que, além de sair às ruas, como no ano passado, os cidadãos podem gerar mudanças de forma online", explica.
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