O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou neste sábado que os preços internacionais do petróleo caminham para o patamar dos 100 dólares o barril e disse que o país vai cortar oferta aos Estados Unidos se o governo norte-americano "atacar" a nação sul-americana de novo.
"Eu sempre disse que os preços do petróleo caminhavam para os 100 dólares o barril", disse Chávez em discurso televisionado. "Devemos nos preparar para esses preços de 100 dólares."
Chávez disse que os preços elevados da commodity são um sinal de uma "crise global" de energia causada por consumo voraz que reduziu drasticamente as reservas petrolíferas disponíveis.
O presidente da Venezuela tem acusado os EUA de planejarem uma tentativa de golpe que o tirou do poder por dois dias em 2002, apesar de Washington negar as denúncias. Chávez também tem feito repetidas ameaças condicionais de cortar as vendas de petróleo para os EUA que historicamente representam 12 a 15 por cento das importações norte-americanas.
"Ninguém deveria pensar que vamos parar de enviar petróleo aos Estados Unidos, não.... a menos que eles nos ataquem de novo", disse Chávez durante discurso a líderes de nações caribenhas realizado em uma conferência de energia em Caracas.
"Se eles nos atacarem como fizeram em abril de 2002...não haverá mais petróleo."
A Venezuela recebe os líderes caribenhos neste sábado para a terceira reunião do acordo Petrocaribe, um pacto que a Venezuela lançou em 2005 para fornecer petróleo e combustível em condições vantajosas aos países da região.
Participantes como Jamaica e a República Dominicana desfrutam de termos de financiamento suaves e a possibilidade de pagarem suas contas com produtos como bananas e noz-moscada.
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