As economias avançadas do mundo estão trabalhando muito lentamente para livrar os bancos do problema dos ativos, o que pode colocar em risco uma recuperação econômica global em 2010, afirmou nesta quarta-feira o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional.
O alerta de Dominique Strauss-Kahn foi feito em um momento em que o fundo passou a levar em consideração a possibilidade de a economia mundial ser pega por uma "Grande Recessão" em 2009, contraindo-se.
Em janeiro, o FMI informou que o crescimento mundial ficaria praticamente estável este ano, com uma ligeira expansão de 0,5%, mas Strauss-Kahn informou pouco mais de um mês depois que o fundo teve de reduzir a previsão após dados piores que o esperado do quarto trimestre.
Strauss-Kahn informou que o FMI ainda projeta que a economia mundial vai se recuperar em meados de 2010, mas somente se os governos agirem rapidamente para implementar medidas de estímulo e balanços de bancos forem limpos de ativos ativos podres.
"Do lado da reestruturação dos bancos as coisas realmente estão lentas", disse o diretor-gerente da instituição em entrevista à Reuters depois de conferência do fundo sobre economias da África. "Tenho receio de que se formos nesse caminho por dois ou três meses a recuperação de 2010 será difícil", acrescentou.
Sobre os Estados Unidos, cuja nova administração revelou plano para remover ativos podres dos balanços dos bancos, Strauss-Kahn afirmou: "Os EUA precisam dizer exatamente como eles vão fazer isso."
Ele disse que levará a mensagem para a reunião de ministros de finanças do G20 na Inglaterra, na sexta-feira e sábado.
O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, divulgou em 10 de fevereiro o plano, mas informou poucos detalhes sobre como ele funcionará.
Desde então, o Tesouro aceitou conceder um terceiro pacote de socorro ao Citigroup ao concordar converter ações preferenciais em ordinárias, impulsionando a base de capital do banco.
O plano de Geithner propõe criar fundos de investimento público-privados que devem envolver empréstimos governamentais para investidores que comprariam ativos de bancos, criando um preço-base com o objetivo de reestabelecer o mercado por títulos sem liquidez.
-
Deputada norte-americana defende que EUA retirem visto de Moraes; leia entrevista exclusiva
-
Eduardo Leite alerta para enchentes acima dos níveis vistos até o momento
-
Após críticas por suposto confisco de produtos, prefeitura de Canoas decide alterar decreto
-
Apoiado por Lula, STF quer ampliar gratificações de assessores dos ministros
Aposentados de 65 anos ou mais têm isenção extra de IR, mas há “pegadinha” em 2024
Esquerda não gostou de “solução” para o rombo compartilhada por Haddad; o que diz o texto
A “polarização” no Copom e a decisão sobre a taxa de juros
Bolsonaro 5 x 4 Lula: BC se divide sobre juros e indica rumo após saída de Campos Neto
Deixe sua opinião