Religião
Símbolo da defesa dos direitos humanos, sacerdote é acusado
Na quarta-feira, o sacerdote de origem irlandesa John OReilly foi suspenso do colégio onde trabalhava como conselheiro espiritual, em Santiago, após denúncias de pais de uma aluna que o acusam de ter abusado da menina. Ele negou as acusações e descreveu o caso como um lamentável erro. No mesmo dia, o arcebispo de Santiago, Ricardo Ezzati, pediu a abertura de uma investigação da Igreja sobre o assunto e suspendeu a participação de OReilly da vida religiosa até que o caso seja esclarecido.
Não é o primeiro caso de denúncias de abuso contra religiosos católicos no Chile. Cristián Precht, sacerdote católico que ficou famoso por lutar pelos direitos humanos durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), também foi alvo de acusações de incidentes ocorridos durante a década de 1980.
Em 28 de junho deste ano, a Igreja Católica no Chile considerou verossímeis as acusações contra Precht, e enviou o caso para o Vaticano. A polícia continua investigando caso.
Aumento
22% foi o aumento de casos de abusos sexuais em escolas do Chile no primeiro semestre de 2012.
O procurador-geral do Chile, Sabas Chahuán, anunciou ontem que autoridades estão investigando ao menos 200 denúncias de abuso sexual contra menores em 127 instituições de ensino na região metropolitana de Santiago. Segundo Chahuán, 40% dos casos envolvem colégios na zona leste da cidade, considerada a mais abastada da capital. As acusações envolvem até jardins de infância.
Embora ainda esteja em fase de investigação, o caso já provocou o afastamento de um padre que dava aulas e o pedido de demissão da diretora do Colégio Apoquindo, instituição religiosa só de meninas, afetada por uma onda de denúncias.
"Devemos investigar com rigor essas denúncias. Se o responsável é um religioso, um civil ou um militar, não faz diferença. O que interessa é que se puna o delito", disse o procurador.
Chahuán não informou se as escolas em questão são religiosas, ou não. Na escola Apoquindo, a diretora María Eugenia Gandarillas renunciou ao cargo após a pressão de denúncias relacionadas a crimes que teriam sido cometidos contra sete alunas dentro da instituição.
Outras escolas investigadas e destacadas pela imprensa chilena são os colégios Cumbres e SEK e as pré-escolas Hijitus de la Aurora e Sunflowers Garden.
Segundo o último relatório do Ministério Público do Chile, houve um aumento de 22% nos casos de abusos sexuais contra menores de 14 anos no primeiro semestre de 2012, em relação ao período anterior no país.
Alarmado com o aumento dos casos, o presidente Sebastián Piñera anunciou na semana passada uma série de medidas para combater o abuso sexual infantil, entre elas a criação do cargo de Defensor das Crianças.
"Com pena e indignação vimos como nas últimas semanas surgiram graves denúncias de abusos sexuais cometidos por adultos que tinham a responsabilidade de cuidar, dar formação e proteger. Em vez disso, atentaram contra nossas crianças", disse Piñera.
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