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A China vai implantar uma política de aumentos regulares da remuneração dos trabalhadores e reajustes do salário mínimo para enfrentar de maneira "urgente" o problema da má distribuição de renda no país, declarou no sábado (5) o primeiro-ministro Wen Jiabao no discurso de abertura da reunião anual do Congresso Nacional do Povo, no qual previu crescimento de 8% do PIB neste ano.

O salário mínimo subiu cerca de 20% em 2010 e várias províncias chinesas anunciaram novos reajustes para este ano. Em Pequim, a alta foi de 21% e, em Xangai, de 14%. No sábado, Zhejiang divulgou elevação de 19% a partir de abril.

O movimento pressiona os custos das empresas, mas é essencial para outro objetivo do governo chinês: o aumento do consumo doméstico na composição do PIB e a redução do peso dos investimentos e das exportações. Os reajustes salariais também são inevitáveis diante da dificuldade que as indústrias da próspera costa leste do país estão tendo para recrutar trabalhadores do interior.

Wen falou durante duas horas diante de 3 mil delegados de toda a China e apresentou as prioridades para os cinco anos que serão cobertos pelo novo Plano Quinquenal (2011-2015). Para 2011, a meta número 1 é o controle da inflação, que historicamente ameaça a "estabilidade social" do país. A alta de preços foi um dos principais fatores que estiveram na origem dos protestos pró-democracia na Praça Tiananmen em 1989.

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