O Chipre garantiu um pacote de resgate de 10 bilhões de euros (US$ 13 bilhões) de seus parceiros europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI), medida que tem como objetivo impedir que o país torne-se insolvente, o que poderia reacender a crise da dívida na região.
O pacote, anunciado nas primeiras horas deste sábado (16), prevê uma taxa única sobre o dinheiro mantido em contas bancárias em Chipre. Trata-se da primeira vez que os depositantes fazem parte do resgate a um país da zona do euro. Contas com mais de 100 mil euros serão taxadas em 9,9%, enquanto os valores abaixo disso pagarão 6,75%. O imposto, que deve resultar numa arrecadação extra de 5,8 bilhões de euros, será cobrado uma única vez.
Joerg Asmussen, membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu (BCE), disse que o Parlamento do país deve aprovar uma lei sobre o imposto durante o final de semana. O imposto, que segundo ele já foi congelado nos depósitos, será coletado antes de os bancos abrirem, na manhã de terça-feira, dia 19 de março. Segunda-feira é feriado bancário no Chipre. Ele disse também que o banco central cipriota tem um "plano de contingência" para o caso de uma corrida aos bancos do país após o anúncio das medidas extraordinárias.
Em troca dos empréstimos, o Chipre vai reduzir seu déficit de seu complicado setor bancário, elevar os impostos e privatizar ativos do Estado, declarou Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, que reúne os ministros de Finanças dos 17 países da zona do euro. Embora o resgate para o Chipre seja muitas vezes menor do que o pacote de 240 milhões de euros concedido à Grécia ou os 67,5 bilhões de euros para a Irlanda, a ajuda é considerada crucial para a zona do euro porque o default, mesmo de um pequeno país, pode perturbar os mercados financeiros e prejudicar a confiança dos investidores. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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