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O Chipre parece cada vez mais perto de se tornar o quarto país da zona do euro a pedir assistência financeira internacional do fundo de resgate temporário europeu, a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês), ainda neste mês. O governo da ilha quer proteger seu sistema bancário da ampliação da crise da Grécia, que ameaça levar junto o pequeno país.

A crise grega forçou o segundo maior banco do Chipre a pedir apoio do governo para um plano de recapitalização multibilionário, o que pressionará as finanças públicas locais ainda mais e fará com que o país não cumpra as metas de orçamento deste ano.

O Chipre - que enfrenta yield (retorno ao investidor) em torno de 14% nos bônus de 10 anos e tem sua dívida classificada como grau especulativo por duas das três maiores agências de rating do mundo - tem poucas fontes de financiamento disponíveis. Oficialmente, a economia deverá crescer 0,8% neste ano, mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que uma contração de 1 2% é mais provável.

No ano passado o Chipre negociou um empréstimo bilateral de US$ 3,1 bilhões da Rússia. Agora o país tenta um acordo com a China, por um valor não divulgado, que parece difícil de se concretizar.

Pacote

Nos últimos dias, autoridades cipriotas prepararam a opinião pública sugerindo que um resgate da EFSF pode ser iminente, sem afirmar isso diretamente. O ministro de Finanças, Vasos Shiarly, por exemplo, disse à rádio estatal na semana passada que "evitar a EFSF é a prioridade número um".

O Chipre também prepara o anúncio de um novo pacote de medidas de austeridade dentro dos próximos dias, embora haja sinais de divergências no governo sobre o escopo dos cortes pretendidos. O Parlamento vai votar em breve o novo pacote fiscal europeu.

Recentemente o Parlamento do Chipre aprovou um plano para resgatar o segundo maior banco do país, o Cyprus Popular Bank, depois que a instituição deu baixa contábil em cerca de 2 bilhões de euros em razão da recente reestruturação da dívida grega.

Uma ajuda europeia ao Chipre dificilmente prejudicaria a EFSF, que, depois de ajudar Grécia, Portugal e Irlanda, ainda tem cerca de 250 bilhões de euros. No entanto, um resgate financeiro para o país seria um lembrete de que os líderes europeus não conseguiram impedir o alastramento da crise da Grécia. As informações são da Dow Jones.

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