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Banca de revistas oferece chips de celular: venda de planos está liberada a partir de hoje | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Banca de revistas oferece chips de celular: venda de planos está liberada a partir de hoje| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

Empresas prometem mais investimentos

Da Redação

As três operadoras afetadas pela suspensão dos negócios se pronunciaram em notas, todas elas atribuindo o fim da punição às suas políticas de melhoria da qualidade e aos investimentos feitos na área.

A Claro afirmou que "sempre manteve uma posição proativa em atender às exigência da Anatel". A operadora – que estava estava proibida de vender novos planos em São Paulo, Santa Catarina e Sergipe – diz ter antecipado investimento de R$ 6,3 bilhões que fará até o final de 2013. "A decisão para liberação das vendas foi tomada após o esforço da operadora para entregar à Agência um Plano de Ação detalhado, com indicadores de qualidade, projeções de tráfego e investimentos em infraestrutura e tecnologia", diz a nota, que acrescenta: "No documento entregue ao órgão, a operadora apresentou como irá manter a qualidade na rede, melhorar o atendimento e oferecer a capacidade necessária para atender a demanda durante a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil.

A Oi (impedida de efetuar adesões no Amapá, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Roraima) diz que a decisão "ratifica a robustez e a consistência" do plano de investimentos apresentado à Anatel pela companhia. "A companhia reitera o compromisso com a evolução da qualidade do atendimento dos serviços de telefonia celular no Brasil e acredita que o investimento de R$ 24 bilhões, previsto para o período de 2012 a 2015, é adequado para atender a demanda planejada de telecomunicações", diz a nota. A Oi comprometeu-se com a agência a refazer o planejamento de demanda e dimensionamento de rede; a promover a atualização tecnológica da rede; aumentar a cobertura 2G e 3G; lançar a tecnologia LTE (4G); e melhorar os processos e infraestrutura de atendimento e TI.

A TIM, que foi suspensa em 18 estados (incluindo o Paraná) e no Distrito Federal, prometeu investir R$ 8,2 bilhões no triênio. Apesar de não terem sido suspensas em nenhum Estado, Vivo, CTBC e Sercomtel também terão que apresentar propostas de melhorias do serviço até a última semana do mês.

Imediatamente após o anúncio da liberação, as ações da TIM – que era a empresa mais afetada pela medida – inverteram a trajetória de queda e encerraram o dia em alta de 4,83% na BM&F Bovespa. As ações da Oi fecharam em queda por conta do resultado trimestral da empresa, que decepcionou os investidores. A Claro não tem ações na bolsa e os papéis da Vivo fecharam praticamente estáveis, com avanço de 0,06%.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidiu ontem à tarde liberar a venda de chips das operadoras TIM, Claro e Oi. A medida começa a valer a partir de hoje.

A suspensão foi adotada como punição contra as operadoras, acusadas de prestar serviços de má qualidade aos seus clientes. Começou a vigorar há 11 dias e proibiu a venda de novos chips por uma das três maiores empresas do setor em cada estado. A escolhida para sofrer a sanção foi a companhia com pior índice de qualidade da região. Os critérios usados, segundo a Anatel, foram: os números de reclamações dos usuários, o percentual de chamadas em curso que foram interrompidas e de ligações que nem chegam a ser completadas.

Durante todo o período em que as vendas estiveram suspensas, a Anatel recebeu denúncias, feitas inclusive pela imprensa, de que a venda de chips continuava ocorrendo em diversas partes do país. O superintendente de serviços privados da Anatel, Bruno Ramos, responsável pela cautelar, chegou a defender, na ocasião, que os relatos eram pontuais e que, em todo caso, a habilitação da linha pela operadora estava suspensa. Portanto, o simples fato do consumidor ter conseguido comprar o chip não significaria que a linha seria ativada. Em caso de descumprimento, a multa seria de R$ 200 mil por dia.

A Anatel vinha sofrendo pressões por parte do governo, que havia estipulado prazo de 15 dias para resolver a questão, e por parte das teles, preocupadas com as vendas de aparelhos e chips para o Dia dos Pais. A data é comemorada no próximo dia 12 e está entre as três mais importantes para o setor, ao lado do Natal e do Dia das Mães. "É importante que a população possa ter acesso a todas as opções, para escolher melhor. Por isso, quanto mais cedo vier a liberação, melhor", disse Eduardo Levy, diretor-executivo do Sindtelebrasil, que reúne as empresas do setor.

Nesta semana, os representantes das companhias passaram por todos os gabinetes dos conselheiros e apresentaram planos de metas para melhoria da qualidade dos serviços. Sem o acompanhamento da imprensa, que não foi informada dos horários das audiências, as empresas tiveram trânsito livre para adequar os documentos aos desejos da Anatel. A medida da reguladora exigia a aprovação prévia dos projetos antes que vendas fossem liberadas. As três teles punidas representam 70% do mercado e teriam até o dia 17 para entregar os planos.

Fiscalização

A fiscalização da retomada das vendas de chips pode ser prejudicada pela greve dos servidores das agências reguladoras. "Podemos negociar isso com o governo, mas ele precisa entrar em contato conosco e fazer o pedido. Até agora o que temos é que não haverá fiscalização", disse o presidente do Sindicato dos Funcionários de Agências de Regulação (Sinagências), João Maria Medeiros.

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