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As irmãs Bibiana (à esquerda) e Carolina Schneider, da Cuore di Cacao: foco no chocolate 100% brasileiro | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
As irmãs Bibiana (à esquerda) e Carolina Schneider, da Cuore di Cacao: foco no chocolate 100% brasileiro| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Expansão

Icab escolhe São Paulo para primeira "loja conceito" da marca

A Vila Olímpia, bairro nobre e um dos principais centros financeiros de São Paulo, foi o endereço escolhido para receber a primeira "loja conceito" da curitibana Icab (Industria di Cioccolato ed Affini Bologna). Oitenta anos depois de abrir a sua primeira loja no centro de Curitiba, a Icab desembarcou em um dos mercados mais concorridos do país para expandir e inovar.

A boutique é licenciada pela Icab Chocolates de Curitiba e foi lançada no último dia 12 pelos sócios Rodrigo Marder e Claudia D’Andrea. Mais que uma loja de chocolates artesanais finos, a Icab Chocolates Gourmet foi idealizada para aguçar os sentidos de quem passa pelo local e favorecer a experiência dos chocólatras com a iguaria. "Optamos por um modelo de negócio diferente do de Curitiba", afirma Luigi Muffone, diretor da Icab.

Entre as novidades da nova loja estão um cardápio especial com tortas e doces assinado pela chef curitibana Daniela Caldeira, além de uma vitrine viva, que permite que as pessoas acompanhem, através de uma parede de vidro, o processo de acabamento dos doces. Com sofás confortáveis, wi-fi e capacidade para 100 pessoas, a chocolateria quer fisgar o público corporativo que circula diariamente pela região. Em um mercado com alto nível de qualidade e muitas marcas novas disputando espaço, a Icab projeta crescer 12% neste ano, repetindo o desempenho de 2012.

História

Receita de família despertou a paixão pelo doce

Com o pai sommelier e a mãe chefe de cozinha, a gastronomia sempre esteve presente na vida das irmãs Bibiana e Carolina Schneider. A inclinação para o mercado dos chocolates finos começou em casa, com uma receita de trufas que Carolina aprendeu com a mãe Solange. O sucesso das trufas foi tão grande que ela começou a receber encomendas e tomou gosto pelo chocolate. A irmã Bibiana, que é designer, ajudava desenvolvendo as embalagens. Em 2003, Carolina fez um estágio de cinco meses em chocolaterias da Suíça e da França, já com foco no plano de abrir um negócio em parceria com a irmã, que se dedicou ao projeto da loja. Em 2004, o desejo finalmente se concretizou com a Cuore di Cacao. Antes de iniciar o projeto do Ouro Negro, a chocolatière Carolina retornou à França, onde cursou a École Lenotre, em Paris, e se especializou em cacau e degustação de chocolates no Instituto CIRAD, em Montpellier. Oito anos depois, a parceria das irmãs que começou com uma receita de família chega a sua primeira criação genuinamente brasileira.

A Páscoa deste ano terá um gosto todo especial para as irmãs Carolina e Bibiana Schneider, proprietárias da chocolateria Cuore di Cacao. Depois de dois anos de pesquisas, testes e degustações, a marca acaba de lançar no mercado a sua primeira criação 100% brasileira, batizada de Ouro Negro (On). O chocolate desenvolvido em Curitiba com ingredientes nacionais ganhou duas versões: uma mais amarga, com notas de frutas cítricas e castanhas, e 70% de cacau; e a outra ao leite, mais cremosa com notas de caramelo, castanhas e mel, e 42% de cacau.

VÍDEO: Assista a um vídeo do processo de produção do Ouro Negro, um chocolate genuinamente brasileiro da Cuore di Cacao

Da seleção das amêndoas de cacau às criações finais, a Cuore di Cacao conduziu todo o processo de produção do On com matéria prima, tecnologia e conhecimento brasileiros. A chocolatière – palavra francesa que em português designa o chef que cria os chocolates – Carolina viajou até as fazendas de cacau do sul da Bahia para selecionar, entre centenas de variedades, os melhores frutos. Isso porque, segundo ela, a qualidade do cacau depende do cuidado do fornecedor no cultivo e, principalmente, no pós-colheita, quando começa a fase de fermentação das sementes, que se transformam em amêndoas.

"As grandes fábricas de chocolate fazem suas criações a partir da massa de cacau que compram pronta. Isso significa que elas não têm controle sobre os processos de seleção, inspeção, processamento e torrefação", explica Carolina. Tudo isso pode não fazer a diferença para quem produz chocolates em escala industrial, mas é fundamental para as chocolaterias e boutiques artesanais.

Criada em 2004, a Cuore di Cacao tem uma equipe de 17 profissionais que produz 40 tipos de chocolates, vendidos nas duas lojas da marca, nos bairros Bigorrilho e Cabral – além da Boutique Online, que concentra boa parte das encomendas para outros estados. "O Ouro Negro foi sem dúvida nosso maior investimento em uma linha de produtos", afirma Bibiana, que prefere não revelar o valor aplicado no projeto.

O lançamento foi criado especialmente para a Páscoa, que representa entre 30% e 40% do faturamento anual da chocolateria. "Se bem trabalhado, um mês de Páscoa pode equivaler a quatro meses normais", diz Bibiana. A expectativa é que o chocolate 100% brasileiro represente 30% do portfólio da Cuore di Cacao nesta Páscoa. As duas versões do Ouro Negro (70% e 42% de cacau) custam R$ 84 (ovo de 250 g) e R$ 112 (ovo de 400 g). Também existe o ovo de um quilo do On 42%, vendido a R$ 220. O chocolate 100% brasileiro pode ser encontrado no formato puro e também trufado.

Barra ou ovo para a Páscoa?

A uma semana da Páscoa, a campanha "Não compre ovos, compre barra" já circula nas redes sociais. O principal motivo da mobilização é apontar a diferença entre o preço dos dois produtos e incentivar a troca. Segundo levantamento da Gazeta do Povo, a diferença entre o preço proporcional de uma barra e um ovo da mesma marca chega a 253%. Enquanto uma barra de chocolate de 170 gramas da Lacta Diamante Negro, custa R$ 3,79 (R$ 22, 29 o quilo), o ovo de 215 gramas sai por R$ 16,90 ( ou R$ 78,60 o quilo). Ao contrário da barra de chocolate, estão embutidos no custo dos ovos os gastos com embalagens e brinquedos, no caso das versões infantis. Estratégias para atrair os consumidores que agregam valor, dizem os fabricantes. Apesar da grande diferença de preço, tem gente que não abre mão de levar para casa os tradicionais ovos de Páscoa.

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Economia | 2:39

Novidade da Cuore di Cacao para esta Páscoa, a linha de chocolates Ouro Negro é resultado de dois anos de pesquisas e testes com matéria prima, equipamentos e conhecimento brasileiros.

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