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Cielo Lio+, desenvolvido pela Quantum. | Cielo/Divulgação
Cielo Lio+, desenvolvido pela Quantum.| Foto: Cielo/Divulgação

A Cielo apresentou nesta terça-feira (18) a Lio+, um “2-em-1” que é smartphone Android e maquininha de cartão de cartão ao mesmo tempo, e o QR Code Pay, uma solução “contactless” de pagamentos móveis que nasce com o apoio de grandes bancos, bandeiras de cartão e sistemas de pagamento móvel.

A Lio+ é desenvolvida pela Quantum, empresa da Positivo Tecnologia, de Curitiba, e fabricada na Zona Franca de Manaus. Trata-se de um dispositivo “2-em-1”: ela é um smartphone independente que, quando acoplado ao “snap” magnético — um acessório externo — se transforma em uma maquininha de cartão. É algo similar ao que a Motorola faz com a linha Moto Z.

De acordo com a Cielo, esse tipo solução de pagamentos é inédito no mundo.

O celular é completo: tem tela de 6 polegadas, câmera de 12MP, 16 GB de memória (expansíveis para até 80 GB), suporte a dois chips, roda Android 8.1 “Oreo” e tem acesso ao Google Play e todos os apps disponibilizados lá, incluindo os de redes sociais e WhatsApp Business. Uma loja exclusiva, a Cielo Store, oferecer outros 100 aplicativos de gestão de negócios para os donos do Lio+. O snap magnético aceita três formas de pagamento: débito, crédito e vale-refeição, e se conecta à internet tanto por Wi-Fi quanto 4G.

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A grande novidade para o lojista, entretanto, é que a Lio+ não precisa ser “alugada” pelo empreendedor, mas sim comprada por 12 parcelas de R$ 89,90 — R$ 1.078 no total. É a primeira maquininha da Cielo que é vendida, em vez de ser alugada.

Danilo Caffaro, vice-presidente de produtos, negócios, marketing e inovação da Cielo, justifica a mudança no modelo de negócio pela evolução no perfil do empreendedor brasileiro, que passou a aceitar o cartão como meio de pagamento. “O Brasil é um mercado efervescente, com diferentes perfis de negócios e o potencial do mercado empreendedor é relevante para a Cielo. O lançamento da Cielo LIO+ é mais um exemplo da nossa crença nesse segmento”, disse. Fortes concorrentes, como a PagSeguro e a Pop da Credicard, trabalham com o modelo de venda e podem ter exercido pressão na Cielo.

A Lio+ é indicada a profissionais autônomos e micro e pequenas empresas. Ela pode ser adquirida nos canais digitais e físicos da Cielo, e também nas lojas das operadoras Claro e TIM.

QR Code Pay

Outra novidade anunciada pela Cielo foi o QR Code Pay, que permite ao consumidor autenticar o pagamento de sua compra usando QR Code.

Todas as maquininhas da Cielo já estão habilitadas para gerar o QR Code. Basta o lojista digitar o valor da compra, selecionar a forma de pagamento (débito ou crédito) e gerar a imagem. O comprador, então, precisará somente abrir a câmera de seu celular e “fotografar” o código para autenticar a compra.

Segundo a Cielo, o potencial de cobertura da solução é dez vezes maior que “as demais tecnologias existentes” — uma referência à tecnologia de pagamento NFC, usada pelas carteiras digitais Apple Pay, Samsung Pay e outras. Hoje, estima-se que a cobertura da tecnologia NFC no país é inferior a 7%. A solução da Samsung, porém, também funciona se comunicando com a leitora de tarja magnética do cartão através da tecnologia MST, desenvolvida pela startup LoopPay, adquirida pela gigante sul-coreana no começo de 2015.

Caffaro disse no evento que essa é uma tentativa de “democratizar a tecnologia” de meios de pagamentos digitais e que é uma solução que garante “escalabilidade” para o lojista.

Até o momento, a solução tem como parceiros os bancos Bradesco, Banco do Brasil, AgiBank; o sistema de pagamento móvel PicPay; e as bandeiras Visa, Mastercard e American Express, além do próprio app da Cielo e do programa de fidelidade Livelo.

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Isso significa que a funcionalidade para pagar usando o QR Code estará disponível no aplicativo das instituições. Por se tratar de uma solução aberta, entretanto, outros bancos e instituições podem se tornar parceiros facilmente, segundo Danilo.

“É uma solução escalável, segura, simples e digital para pagamentos feitos pelo celular”, disse Caffaro.

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