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Apple, que lançou recentemente seu relógio inteligente, tinha US$ 178 bilhões em caixa no fim do ano passado | Robert Galbraith/Reuters
Apple, que lançou recentemente seu relógio inteligente, tinha US$ 178 bilhões em caixa no fim do ano passado| Foto: Robert Galbraith/Reuters

Gigantes americanas da tecnologia detêm uma verdadeira fortuna em caixa, segundo um relatório da Moody’s Investors Service. Cinco delas — Apple, Microsoft, Google, Cisco e Oracle — tinham um total de US$ 430 bilhões no fim do ano passado, sendo a que a maior parte deste montante está no exterior.

Nos últimos cinco anos, o setor de tecnologia respondeu por 56% do aumento de caixa do mundo corporativo. A Apple, com US$ 178 bilhões, têm mais verdinhas do que muitos setores inteiros, afirma o relatório da Moody’s. E, segundo o CNNMoney, que reproduziu o relatório, essa tendência tende a crescer.

“Apesar dos grandes retornos de capital para os acionistas, esperamos que as concentrações de dinheiro no setor de tecnologia sejam ainda maiores no próximo ano”, afirmou a Moody’s no documento.

No exterior

Muitas empresas de tecnologia, segundo a Moody’s, preferem manter o dinheiro ganho no exterior longe do Fisco americano, que taxa em 35% o capital repatriado. Assim, 90% do caixa de Apple, Microsoft, Cisco e Oracle está fora dos EUA. O Google mantém uma taxa um pouco menor no exterior: 60% de seus US$ 64 bilhões.

Dos US$ 178 bilhões da Apple, 89% estão no exterior. No caso da Microsoft, que tem US$ 90,2 bilhões em caixa, 91% estão fora dos EUA. A Cisco detém 94% de seus US$ 53 bilhões fora do território americano, enquanto a Oracle, 90% de seus US$ 44,7 bilhões.

Se as empresas não repatriarem o dinheiro, não precisam pagar imposto. E essa brecha tem inquietado políticos americanos, que querem oferecer a essas companhias uma isenção fiscal para que elas repatriem a fortuna que têm em caixa.

A Moody’s, porém, não acredita que essa questão será solucionada rapidamente em Washington, não esperando uma reforma tributária que possa permitir a repatriação desses US$ 430 bilhões no curto prazo.

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