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A Claro, segunda maior operadora de celular do Brasil, não viu sinais de desaquecimento no consumo até abril. A empresa pretende elevar os investimentos este ano no país no ritmo em que crescer a base de clientes.

A companhia, controlada pelo grupo mexicano América Móvil - o maior da América Latina -, ampliou a base de assinantes em 2,2% no primeiro trimestre do ano e, na comparação com o mesmo período de 2008, o salto foi de 27%.

O número de clientes conquistados, de 855 mil pessoas, foi, entretanto, menor que os 953 mil adicionados no mesmo intervalo do ano passado. "É natural que em 2009 a venda seja menor, relativamente", afirmou o presidente da Claro, João Cox, em encontro com a imprensa nesta quarta-feira (29).

Ele descarta, entretanto, que a base de clientes de celular do país deixe de crescer no ano. "De forma geral será um bom ano, mas ligeiramente abaixo do ano anterior", afirmou.

Segundo ele, a cada ano, sobram menos pessoas para adicionar à base de clientes. Além disso, sempre que o dólar sobe, se a operadora mantém os subsídios, o preço dos aparelhos fica mais caro, o que pode desestimular novos usuários.

"Não acredito em 'downturn' no Brasil. O país não está imune à crise, mas a predisposição do governo para que ela não se instale é forte e efetiva", disse o executivo.

Mais investimentos

Como espera que a base de usuários se mantenha em crescimento, Cox também não prevê redução no nível de investimentos da companhia. Segundo ele, "a única forma de parar de investir é parar de crescer e isso nós não vamos fazer".

O volume vai ser o suficiente para acomodar o crescimento, de acordo com o presidente da Claro. "Vamos investir tudo o que for suficiente para suportar o crescimento da base", reiterou.

Em 2008, a companhia aplicou US$ 1 bilhão de dólares (perto de R$ 2,2 bilhões na cotação de hoje) na operação brasileira. A empresa não revela, em valores, os investimentos programados para este ano.

Em sua avaliação, o Brasil tem potencial para ter mais de um celular por habitante, a exemplo dos países desenvolvidos. "Até o fim do governo Lula, (o índice) vai estar bem próximo de 100%", opinou. Hoje, 80 em cada 100 brasileiros dispõem de uma linha de celular.

A margem Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) da Claro no primeiro trimestre caiu por conta das variações cambiais e do custo de aquisição de novos clientes.

A margem recuou de 29,8%, nos três primeiros meses de 2008, para 25,6% de janeiro a março deste ano, patamar que, segundo Cox, "é a média brasileira". "É quase breakeven (resultado sem lucro nem prejuízo)", afirmou, referindo-se ao ponto de equilíbrio entre receita e despesa.

A Claro não divulga a linha final do balanço (se houve ou não lucro na operação).

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