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54% da população brasileira integra a classe média, de acordo com o estudo Faces da Classe Média. A maioria (43%) mora nos estados da Região Sudeste. A previsão é a de que em 2023, essa fatia da população, também chamada de classe C no estudo, chegue a 58%.

8,5 milhões de viagens nacionais e 3,2 milhões de viagens internacionais serão feitas pela classe média em 2014, segundo o estado. Esta população vai ainda comprar 6,7 milhões de aparelhos de tevê; 4,8 milhões de geladeiras; 3,9 milhões de smartphones e 3 milhões de carros.

A classe média brasileira, formada por 108 milhões de consumidores que movimentaram R$ 1,17 trilhão em 2013, dá mais valor a marca, preço e qualidade do que consome hoje em relação há um ano. Sete em cada dez se preocupam mais com qualidade e preço, 57% deles dão mais atenção às marcas e 51% pesquisam mais preços. O consumo nessa faixa cresceu 6,4% (descontada a inflação) em relação a 2012.

INFOGRÁFICO: Confira o perfil da classe C no Brasil

Comportamentos como esses foram revelados no estudo Faces da Classe Média, feito pela Serasa Experian e pelo Instituto Data Popular, que mapeou os diferentes perfis de consumidores da classe C. Estão nessa faixa famílias com renda per capita de R$ 320 a R$ 1.120, segundo critérios estabelecidos pelo governo. De cada R$ 100 gastos nessa classe, R$ 46 foram no Sudeste, onde está a maior concentração desses consumidores. A classe C movimenta 58% do crédito no Brasil.

"Se esse contingente de pessoas formasse um país, ocuparia o 18.º lugar no ranking das 20 nações com maior consumo do mundo", disse Ricardo Loureiro, presidente da Serasa Experian. A previsão é que a classe média chegue a 125 milhões em 2023, ou 58% da população. Hoje, representa 54%. "É uma classe que não pode ser entendida e tratada de uma só forma", diz Renato Meirelles, do Data Popular.

Características

O estudo segmenta esses consumidores em quatro grupos com comportamentos distintos: batalhadores (39%), experientes (26%), promissores (19%) e empreendedores (16%). Quanto mais experiente esse consumidor, mais propenso está a optar por qualidade e preço. Esse grupo é formado em sua maior parte por autônomos, com hábitos mais conservadores e ensino fundamental completo.

No grupo de "empreendedores" estão os que dão mais valor a marcas, valorizam a política do "faça você mesmo" e acessam mais a internet. "É como se fosse a classe A da classe C", disse.

Entre os "batalhadores", o que ganha destaque na hora de consumir é o preço e a relação "custo-benefício". Trabalham com carteira assinada, parcelam as compras e estudam para prosperar.

Os "promissores" consideram mais a marca do que o preço. São mais inexperientes com o crédito (metade já passou por descontrole financeiro) e estão mais próximos aos jovens que integram a turma do chamado "rolezinho".

Para o presidente da Serasa Experian, o estudo permitirá que empresas e o poder público possam criar estratégias mais eficientes para atender com mais precisão a necessidade desses consumidores.

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