Cingapura O Institute of International Finance (IIF), entidade que reúne os principais bancos privados do mundo, prevê que os fluxos de capitais privados para os países emergentes declinarão acentuadamente neste ano, dos US$ 480 bilhões registrados em 2005 para US$ 418 bilhões, uma queda de 13%. No próximo ano, eles deverão continuar sendo afetados pelo ambiente de menor liquidez nos mercados internacionais, registrando uma nova queda, para US$ 404 bilhões. O Brasil, segundo o IIF, vai superar o México e se tornar o maior receptor de fluxos de capitais na América Latina até 2007.
O "clube dos banqueiros", como a entidade também é conhecida, está mais pessimista com as perspectivas da economia mundial do que o Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele alertou que o ambiente externo deverá ser menos favorável em 2007, com um aperto da liquidez, aumentando os riscos para os países emergentes. "Poderemos ter tempos mais difíceis", disse o presidente do Deutsche Bank, e também do IIF, Josef Ackermann.
O presidente do Citibank, William Rhodes, que também é diretor da entidade, foi ainda pessimista. Ele alertou sobre o perigo de estagflação (inflação acompanhada de recessão) nos Estados Unidos. "Estamos vendo uma desaceleração da economia norte-americana que deve se aprofundar, acompanhada de pressões inflacionárias", disse Rhodes.
Segundo ele, a volatilidade que atingiu os mercados em maio passado deve ser vista como um aviso para os investidores. "É preciso ser cuidadoso ao se avaliar os riscos", disse.
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