A economia brasileira demonstrou vigor em todos os setores no terceiro trimestre do ano. Por disso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) elevou sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 7,5%, segundo o economista chefe da instituição, Flávio Castelo Branco.
Ao divulgar hoje (7) o Informe Conjuntural da CNI sobre o terceiro trimestre, ele afirmou que a revisão da projeção anterior para um PIB de 7,2% foi alavancada pela demanda de consumo do mercado interno, que continua forte, bem como pelo aumento de investimentos. A previsão para o PIB industrial permaneceu em 12,3%.
Segundo Castelo Branco, "a expansão da demanda doméstica seria suficiente para gerar um crescimento mais expressivo, ainda que não fosse a contribuição negativa do setor externo", estimada em 2,6 pontos percentuais. Isso porque as importações têm crescido bem mais que as exportações, em decorrência principalmente da valorização do real em relação ao dólar e da subvalorização artificial da moeda chinesa.
No seu entender, a valorização cambial desvia parte da demanda doméstica para outras economias e limita o crescimento da produção. Um sinal disso, adiantou, é a tendência de recuo do uso da capacidade instalada da indústria, nos últimos quatro meses. Ele mencionou que a demanda interna tem tido um ritmo mais forte do que a demanda global e isso também limita a produção.
Castelo Branco disse ainda que os efeitos negativos da valorização cambial sobre a competitividade dos produtos brasileiros lá fora se evidenciam nas estatísticas de comércio exterior. Enquanto as importações se expandem a um ritmo extraordinário, em especial quanto a bens industriais, ele afirmou que nossas exportações de manufaturados perdem vigor e as vendas totais se sustentam em função dos preços de commodities (produtos primários de origem agropecuária e mineral).
O Informe Conjuntural de setembro reviu também outras projeções em relação ao informativo de junho. Elevou de 7,3% para 7,6% a perspectiva de consumo das famílias no ano e a projeção de saldo comercial (exportações menos importações) passou de US$ 10 bilhões para US$ 12 bilhões. Em contrapartida, reduziu a expectativa de inflação anual de 5,4% para 5%, baixou a estimativa de taxa Selic de 11,50% para 10,75% no final do ano e a projeção de dólar a R$ 1,79 no fechamento de 2010 cai para US$ 1,70.
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