Brasília (AG) A longa continuidade de alta na taxa de juros levou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) a rever para baixo sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 4% para 3,2% neste ano. Em contrapartida, a CNI aumentou a previsão de exportações, de US$ 108 bilhões na projeção de maio para R$ 114 bilhões, enquanto as importações devem se manter em US$ 76 bilhões, com saldo de US$ 38 bilhões. "As exportações, assim como aconteceu em 2003 e 2004, serão o grande mentor do crescimento", disse o economista Flávio Castelo Branco. Apesar da revisão do PIB, os economistas da CNI acreditam que o segundo semestre será melhor do que o primeiro. Para eles, o ciclo de alta dos juros já foi interrompido no mês passado, com a manutenção da Selic, devido ao arrefecimento da inflação.
"Para o próximo semestre, espera-se a retomada da queda dos juros e o aprofundamento do esforço fiscal (superávit primário) em relação à meta anual de 4,25% do PIB", disse o economista Paulo Mol, também da CNI, para quem é perigoso o consenso que se formou de que a balança comercial não está sendo afetada pelo câmbio. Segundo ele, o resultado das exportações se deve a investimentos já realizados no passado. "Se o real forte ajuda no controle da inflação, sua continuidade enseja preocupações quanto à rentabilidade das vendas externas", afirmou. A CNI também reduziu sua projeção para formação bruta de capital fixo de 8,5% para 4%. Este crescimento menos robusto, de acordo com a CNI, deve-se aos juros altos.
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