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A cooperativa Coamo Agroindustrial distribui a partir de hoje R$ 56,6 milhões a seus 19.764 cooperados – média de R$ 2,8 mil por associado. As sobras do resultado financeiro somam ao todo R$ 190,3 milhões, incluindo os valores destinados à composição de fundos estatutários.

As cifras mostram lucro, embora menor que do exercício anterior. O valor repassado neste ano é R$ 5,29 milhões inferior ao distribuído no início de 2006, com as sobras de 2005, que atingiram R$ 202 milhões. Cerca de 30% do valor das sobras são distribuídos aos cooperados.

José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo, aponta a queda nos preços dos insumos agrícolas como uma das causas da redução no faturamento. "Os insumos da soja e do milho caíram entre 27% e 30%. Isso diminuiu a renda da cooperativa em relação ao exercício anterior. Mas, quando os insumos ficam mais baratos, é bom para os produtores, que têm redução de custo." Na avaliação de Gallassini, o desempenho da Coamo será melhor em 2007. "Temos certeza disso, mas ainda não arriscamos falar em números."

A soja continua sendo o carro-chefe da Coamo. A produção e a industrialização do grão representam 40% do movimento financeiro da empresa, segundo Gallassini. A cooperativa industrializou 1,17 milhão de toneladas de soja, sem contar 51,64 mil toneladas de trigo e 5,74 mil toneladas de algodão em pluma.

Parte dos R$ 56,5 milhões de sobras – R$ 15 milhões – foi distribuída em dezembro, como tradicionalmente ocorre. A prática funciona como uma espécie de 13.º salário para os associados, espalhados em 56 municípios do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

As contas de 2006 foram aprovadas em Assembléia Ordinária realizada na semana passada. As receitas globais da Coamo chegaram a R$ 2,66 bilhões, ante R$ 2,93 bilhões do ano anterior. O patrimônio líquido é avaliado em R$ 1,24 bilhão, com alta de 11,3% em relação a 2005. Já o grau de endividamento é de 47%, mas cai para 22,3% com a dedução das aplicações financeiras.

O volume de produtos que as 87 unidades da Coamo receberam em 2006 – 3,69 milhões de toneladas – corresponde a 3,1% da produção nacional de grãos e fibras. As exportações atingiram 1,81 milhão de toneladas (R$ 307,48 milhões).

O presidente da empresa afirma que não haverá grandes alterações no parque industrial durante 2007. Por outro lado, confirma que o serviço de comercialização de suínos deve ser desativado, uma vez que a crise da aftosa tende a fazer com que parte dos associados desistam de produzir carne suína para exportação. Em relação à atividade agrícola, a expectativa é de ampliação na produção de grãos. No caso da soja, que teve rendimento médio de 2,5 toneladas por hectare em 2006, a colheita que começou nas últimas semanas mostra média de 3 t/ha, um crescimento de 20%.

O balanço geral do sistema no Paraná, apresentado no início do ano pela Organização das Cooperativas do Estado (Ocepar), mostra que o setor manteve, em 2006, o mesmo faturamento de 2005. Juntas, as mais de 200 cooperativas tiveram uma receita bruta de R$ 16,5 bilhões.

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