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A estiagem continua refletindo na safra paranaense. O último levantamento feito pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura do estado aponta uma redução de 17,7% em relação ao potencial produtivo de 28,93 milhões de toneladas desta safra. Os dados obtidos até 19 de junho prevêem 23,81 milhões de toneladas de grãos. Mesmo assim, 6% superior à última safra, quando o Paraná colheu 22,45 milhões de toneladas.

Apesar das chuvas dos últimos dias, a escassez de água atingiu as culturas de inverno e a safrinha de milho. As perdas financeiras devem chegar a R$ 1,57 bilhão. "Devemos lembrar que essas perdas financeiras estão concentradas basicamente na soja, milho, trigo e feijão", disse a chefe da Divisão de Estatísticas Básicas do Deral, Gilka Cardoso Andretta.

Em relação ao milho safrinha, o Paraná deverá colher 3 milhões de toneladas, o que representa 13,2% a menos do que o potencial da safra. A área com a cultura foi reavaliada para 968.251 hectares (ha), ou 21.953 hectares a menos que o estimado em maio. A produtividade avaliada em 23,4 mil ha já colhidos, de 3,5 mil quilos por ha, está próxima do potencial, em razão de essas áreas terem sido plantadas em janeiro e fevereiro, escapando do rigor da estiagem. O milho da primeira safra já teve 99% da área colhida, com produção de 7,85 milhões de toneladas.

O trigo deve ser cultivado em 897,8 mil ha. Uma área 29,7% inferior à cultivada em 2005. Sem chuvas regulares, o trigo foi prejudicado na semeadura, germinação e desenvolvimento no norte e oeste do Estado. Já na região sul, a falta de chuva está prejudicando a semeadura. Até o dia 19 de junho tinham sido plantados 85,1% da área. No ano passado, o volume atingia 91%. Estima-se que sejam colhidas 1,79 milhão de toneladas - 36,1% a menos que no ano passado.

A previsão para a soja é de uma produção de 9,29 milhões de toneladas na primeira safra. Um pouco abaixo do ano passado, quando foram colhidos 9,50 milhões de toneladas. Segundo o agrônomo Otmar Hubner, até meados do mês tinham sido comercializados cerca de 52% da produção colhida. No mesmo período do ano passado eram 47%.

Em relação ao feijão, o estado deve colher 300 mil toneladas nesta segunda safra. Apesar de 10,8% inferior ao potencial da safra, a produtividade estimada pelo Deral poderá atingir mais que o dobro do observado no ano passado, quando foram colhidas 145 mil toneladas. São 194,2 mil hectares com a cultura – 56,2% superior à safra passada. Até o dia 19 de junho tinham sido colhidos 90,3% da área.

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