Dados
51% das empresas brasileiras com 10 a 49 funcionários têm site. O porcentual sobe para 77% nas empresas com 50 a 249 funcionários e para 90% nas empresas com mais de de 250 colaboradores. Os dados são do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic).
Quase toda busca por produtos ou serviços começa no computador. E a tendência do consumidor é escolher as empresas que estão na rede. Dá mais credibilidade. Mas muitos empresários, especialmente os pequenos, imaginam que não têm condições financeiras para investir na criação de um site. Por isso, é cada vez mais comum encontrar no mercado produtos que favorecem a inclusão digital das empresas.
Para Marcos Uda, consultor do Sebrae no Paraná, os sites só não são mais comuns entre as pequenas empresas por questões culturais, porque o custo já não é mais um problema. "Existem diversas soluções", afirma. Ele diz que os pequenos empresários precisam estar atentos à importância de ter um site, condição essencial para fazer parte do mercado. "A empresa pode oferecer informações, falar de tendências e relacionar-se com os clientes", aponta Uda.
Foi pensando nesse público que a S Mídia Publicidade e Propaganda decidiu criar o Slim Sites, um produto de custo mais acessível e de fácil gestão. Leriel Gaio e Cristiano Percicotti, sócios da empresa, e o analista de sistemas Augusto Viante trabalharam um ano e meio no desenvolvimento do produto, que está sendo oferecido no mercado desde maio. Hoje pouco mais de 30 empresas e profissionais estão usando o modelo de site desenvolvido pela S Mídia, conta Percicotti.
O cliente paga R$ 599 e tem direito ao domínio, hospedagem por um ano e três e-mails corporativos. E o valor pode ser parcelado em 12 vezes no cartão de crédito. Segundo Leriel, normalmente a empresa gastaria de R$ 3 mil a R$ 4 mil para desenvolver um site personalizado, valor alto para pequenos empreendedores. Além disso, completa, teria de gastar cerca de R$ 30 cada vez em que fosse feita alguma alteração. Com o produto da S Mídia, ele faz tudo sozinho.
Agora, Viante está trabalhando no desenvolvimento de uma versão atualizada que vai estar disponível ainda este mês. O analista de sistemas diz que hoje existem no mercado opções para criação de sites que vão do custo zero até quanto o cliente pode pagar. Para ele, o mais importante é que o site dê resultado.
Na prática
A empresária Rhadassa Carolina de Lima, 22 anos, abriu sua loja, a Mundo Pet, há um ano. No início, sem site, ela sentia dificuldade porque os clientes não tinham a oportunidade de ver os produtos e acompanhar seu trabalho. E a ideia de ter um site assustava um pouco pela necessidade de atualização constante e de como isso poderia ser feito.
Foi aí que Rhadassa conheceu o Slim Sites. Ela diz que está satisfeita com o produto. "É muito fácil de gerir, mas tenho o suporte quando sinto necessidade", conta. E o resultado já apareceu. "Sempre recebemos pessoas que conheceram a loja pela internet e já fizemos até vendas, apesar de não ter o comércio eletrônico", conta a empresária.
Usar o site para vender os produtos é outra possibilidade que se abre para as empresas que aderem a essa tecnologia. Luciana Bechara é dona da Be Little, uma fábrica de roupas para crianças de zero a quatro anos que está no mercado há dez anos. Em fevereiro de 2009 a empresa foi a segunda do país no ramo de confecções para bebês a aderir ao comércio eletrônico.
Segundo Luciana, seis meses depois do lançamento da loja virtual as vendas do comércio eletrônico representavam 4% do faturamento mensal da empresa. Hoje, respondem por 15%. A empresária diz que agora a Be Little vai se dedicar a atender os consumidores com qualidade, fidelizando clientes, ao invés de investir na expansão das vendas pela internet.
Serviço
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