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Minas Gerais bateu todos os recordes em matéria de acidentes no carnaval que passou. Segundo informações parciais do jornal O Estado de Minas, entre a sexta-feira passada e a terça-feira desta semana, ocorreram 382 acidentes nas rodovias, com um triste saldo de 413 feridos e 38 mortos. Isso significou um aumento de 70% em relação a 2006. O número de mortos foi quatro vezes maior do que em 2005. São aumentos espantosos.

Em Santa Catarina, também com dados parciais, o Jornal de Santa Catarina, revelou ter havido um aumento de 48% dos acidentes neste carnaval em relação ao do ano passado, onde, só nas rodovias federais morreram 25 pessoas.

Em São Paulo, embora tenha havido um ligeiro aumento dos acidentes, o número de mortos nas rodovias estaduais caiu 37% em relação ao carnaval de 2006 – foram 32 mortes, contra 51 no ano passado.

Em todos esses estados, os patrulheiros indicam a imprudência e o excesso de velocidade como as principais causas dos acidentes. Essa é uma regra geral e que denota, em grande parte, a falta de educação no trânsito de boa parte dos motoristas do Brasil.

Mas, além disso, não se pode ignorar o problema da insegurança das estradas. O quadro brasileiro é calamitoso. Todos sabem que a grande maioria das rodovias está esburacada; que os caminhões não podem passar e, quando passam, perdem boa parte da carga. Esse quadro não é novo, mas se agrava a cada dia, em especial na época das chuvas.

A pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte em 2006 apontou que cerca de 75% das estradas do Brasil apresentam problemas sérios nos campos da pavimentação, sinalização, e geometria.

E o que dizer dos três estados em questão? No caso de Minas Gerais, a referida pesquisa mostra que apenas 4% das estradas foram consideradas ótimas e 11% boas. No caso de Santa Catarina, os porcentuais de ótimo e bom, foram, respectivamente, 6% e 12%. São números ridículos. A esmagadora maioria das rodovias está em estados regular, ruim ou péssimo.

Já no caso de São Paulo, a pesquisa indicou que 54% foram classificadas como ótimas e 20% como boas, restando apenas 26% que foram consideradas como estradas insatisfatórias.

Alguma relação deve haver entre o estado das rodovias e o número de acidentes. Como se vê, muito mais importante do que a perda de carga é a perda de vidas humanas ou a mutilação das pessoas. Este é mais um dado para mostrar a urgência dos investimentos em infra-estrutura. Espero que o PAC cumpra esse papel.

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