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Todos sabem que sem reformas estruturais de profundidade o Brasil não conseguirá chegar ao tão almejado desenvolvimento sustentado.

Mas, se formos esperar que o governo e o Congresso realizem as reformas para, então, começar a investir, nosso povo vai ficar na pior, sem empregos e sem renda.

O ponto central aqui é o de confiar ou não confiar no Brasil. Os que confiam olham para a frente e vêem que este país precisa de uma produção crescente e, por isso, investem em fábricas, em fazendas, em escolas, em hospitais e em tudo aquilo que serve de sustentação da nossa economia.

Os que não confiam enchem-se de ativos especulativos que permitem sair da zona de risco ao primeiro espirro do governante. Mesmo porque, analisando friamente, tais aplicações geram lucros maiores e mais rápidos do que os investimentos na produção.

Felizmente, nossa família foi criada com uma confiança ilimitada em nosso país. Desde cedo aprendemos a ressaltar que poucas nações desfrutam da extensão territorial e da quantidade de riquezas que temos, cabendo a nós, brasileiros, usá-las bem.

Por ter vivido intensamente o mundo da política e o mundo da produção, nosso pai nos ensinou: "Os políticos passam, o Brasil fica; os governantes são lentos, os brasileiros têm pressa; os eleitos pensam nas próximas eleições, os pais de família formam as próximas gerações. Por isso, arregacem as mangas e trabalhem com amor".

Graças a Deus, passamos esses valores aos nossos filhos e netos. Eles compreenderam que os interesses coletivos têm de estar acima dos interesses individuais.

Chegando perto dos 80 anos, vejo que é grande o número de brasileiros que se entregam à produção e que suam a camisa por acreditar no país. Ainda bem.

É claro que, se as reformas tivessem sido feitas há dez ou 15 anos, estaríamos no meio de ambiente maravilhoso para investir mais e tirar o máximo proveito dos bons ventos que sopram na economia mundial, dando ao povo brasileiro melhores condições de trabalho.

Na falta das reformas, só nos resta trabalhar em dobro e não esquecer o que é fundamental para chegar ao sucesso: qualidade nos produtos, seriedade no trabalho e humildade na conduta.

Por trás de tudo isso, há um denominador comum: a boa educação e o tratamento condigno dos colaboradores. Aqui também sobrou para os produtores colaborarem como podem, ajudando a educar nossos irmãos e a cuidar de sua saúde.

Mais uma vez tenho esperança no brilhante futuro de nossa nação.

Antônio Ermírio de Moraes é empresário.E-mail: antonio.ermirio@antonioermirio.com.br.

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