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O governo não resistiu e colocou os bancos públicos para apoiar as montadoras. Aparentemente com consentimento da equipe econômica. Mais uma vez, vemos uma política setorial ser lançada antes de se apresentar uma agenda real para a retomada do crescimento da economia.

O setor automotivo tem uma cadeia longa, com muitos fornecedores e gera empregos qualificados. As tecnologias dominadas para a produção de veículos têm ligação com outras indústrias, não é tempo perdido. O problema no Brasil é que, na falta de coisa melhor, a saída é socorrer as montadoras.

GRÁFICO DA SEMANA: quem paga as contas das desonerações?

A retomada do crescimento não virá sem uma melhora substancial no ambiente de negócios. A simplificação de impostos precisa avançar, assim como o desarme dos benefícios setoriais que no ano passado consumiram mais de R$ 100 bilhões do orçamento (diretamente ou em desonerações). O jogo econômico precisa ser melhor nivelado para que o mercado escolha quem paga mais ou menos pelo dinheiro escasso. E, depois disso, será preciso abrir o país para mais competição. Empresas protegidas não avançam.

Desde 2008, o setor automotivo tem tratamento especial no país. Entregou de volta investimentos em fábricas, é verdade, e hoje a indústria conta com excesso de capacidade produtiva que não será ocupada em menos de cinco ou seis anos. Investimentos que não são competitivos para tornar o país um grande exportador de carros.

em alta

Geradoras

O governo fez o que as geradoras de energia queriam: transferiu para o contribuinte parte do risco climático. É uma via de mão única. Quando chover, os consumidores não receberão o mesmo benefício.

Romera

em baixa

Emprego

A taxa de desemprego teve em julho a maior alta anual da série histórica, chegando a 7,5%. O ritmo de crescimento no índice chama a atenção. Foram seis pontos percentuais entre junho e julho.

A rede varejista paranaense Romera inaugurou na semana duas novas lojas, em Paiçandu (PR) e Barra do Garças (MS), chegando a sete pontos de venda abertos em 2015. Foram R$ 1,6 milhão em investimento nas unidades. Com isso, são 202 lojas em oito estados. Até o fim do ano, estão previstas outras três inaugurações. No ano passado, o faturamento da empresa passou de R$ 1,2 bilhão.

Copel

A decisão do governo de cobrar pela concessão das hidrelétricas cujos contratos venceram foi contra o que a Copel esperava. A estatal, que corre o risco de perder a hidrelétrica Parigot de Souza, defendia um contrato de renovação sem licitação. Agora, além da licitação, será preciso pagar pelo contrato.

Estoques

A equipe de análise do Bradesco calcula que o repasse da desvalorização cambial para os preços pode ser mais lento no atual ciclo econômico porque as empresas brasileiras estão com estoques muito altos. Os setores de materiais de transporte, têxtil e de mobiliário são os mais estocados no momento. Nas contas do banco, esses setores também são os que tiveram menor repasse de aumento de custos para os preços finais. Com isso, a conta do impacto do câmbio na inflação foi refeita e o Bradesco espera um aumento de 0,4 ponto porcentual no IPCA para cada 10% de desvalorização do real. A alta do dólar passou de 30% no ano.

Odontoclinic

Primeira franquia em clínicas odontológicas do país, a Odontoclinic inicia o plano de expansão na Região Sul com unidades em Curitiba. Serão três até o fim do ano, com planos de chegar a 20 clínicas da marca na cidade. A marca investirá R$ 100 milhões nos próximos cinco anos – hoje são 130 clínicas em operação, com 2 milhões de pacientes, entre ativos e inativos, com atendimento diário médio de 8 mil procedimentos.

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