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Impostos

O governo federal disse que não vai renovar o desconto na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis. É um primeiro movimento para aumentar a carga tributária.

Em baixa

Eletrobras

A estatal geradora de energia elétrica reconheceu que pode não ter caixa para pagar dividendos a seus acionistas neste ano. Suas ações continuam despencando. A companhia foi a que mais sofreu com a intervenção no setor.

A economia não funciona bem sem confiança. Vale para o mundo corporativo, vale para o Estado. Por isso, há paralelos entre os desafios da nova equipe econômica e os que a gestão da Petrobras vão encarar nos próximos meses. Nos dois casos, é preciso mostrar que a administração (das contas públicas, das contas da empresa) é séria, comprometida com a sustentabilidade de longo prazo e com os resultados (para a sociedade, para os acionistas).

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Tanto a Petrobras quanto a equipe econômica precisam de lideranças capazes de transmitir a ideia de que estão fazendo a coisa certa e, depois, para fazer a coisa certa. A primeira parece mais fácil, mas não se sustenta sem a segunda. O governo ainda está tonto, descobriu que errou mais do que acertou na economia e, mesmo assim, conduziu de forma atrapalhada a escolha da equipe que vai lidar com o problema. Isso só aumenta a sensação de que a presidente Dilma Rousseff cedeu sem estar convencida. O risco hoje é que sua liderança não seja firme e decidida o suficiente para bancar o discurso de quem assumir a economia e a Petrobras.

O desejo da reeleição a qualquer custo trouxe uma conta salgada, que vai exigir dois ou três anos de cortes de gastos e aumentos de impostos no lado fiscal. Haverá mais um tico de lentidão na economia e talvez desemprego. Na Petrobras, haverá o constrangimento de se admitir a sangria provocada pela corrupção.

Dilma precisa assumir a conta da impopularidade, que é uma possibilidade diante do tamanho do estrago e dos arranhões que sua imagem já trazia antes das eleições. A alternativa, que seria continuar o relaxamento ético e fiscal visto no primeiro mandato, atrasaria em mais alguns anos a chance de se acelerar o ritmo de desenvolvimento do país.

TCP

O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) assinou um acordo com a Administração Nacional de Navegação e Portos (ANNP) do Paraguai para fazer a operação completa dos contêineres direcionados ao país vizinho. Agora, os volumes serão transportados até a aduana de Ciudad del Este, em vez de serem entregues ainda no terminal em Paranaguá. Com a operação, o TCP espera uma receita extra de R$ 6 milhões. Segundo o terminal, apenas 5% das importações paraguaias hoje chegam pelo Brasil e a expectativa do terminal é chegar a uma participação de 75% dentro de um ano.

Copel

O último leilão de linhas de transmissão feito pela Aneel foi um fracasso, com cinco dos nove lotes ficando sem interessados. Um dos lotes vendidos teria a participação da Copel, através do Consórcio Paraíso, que é liderado pela Eletrosul. Em comunicado ao mercado na tarde do dia do leilão, a estatal paranaense avisou que exerceu o "direito de declinar" da participação no projeto. A Aneel ainda vai estudar as razões do fracasso do leilão, mas o diagnóstico do mercado é que a taxa de retorno não compensava o risco do atual cenário no setor elétrico.

Capital

A administradora de fundos de investimento em capital empreendedor BZPlan terá R$ 50 milhões em caixa para investir em dez startups da Região Sul. Empresas paranaenses que têm dificuldades de conseguir capital para colocar no mercado suas ideias inovadoras também estão no radar do fundo, que está em fase final de captação e deve anunciar sua formação em alguns dias.

HM

O Shopping Total arrematou o terreno onde está construído e que pertencia à massa falida da Hermes Macedo. O negócio foi fechado com o apoio de investidores cariocas na terça-feira, em um leilão que movimentou R$ 135 milhões em bens que pertenceram à antiga rede varejista curitibana. A administração do shopping não divulgou quem é o investidor que entrou no negócio.

Imigração

O Brasil deveria acompanhar com atenção o debate sobre imigração nos Estados Unidos. Esta não é a primeira vez que o país legaliza milhões de imigrantes. É uma medida que dá segurança e melhora as condições de vida de quem de fato já ocupa um espaço no país. O Brasil ainda ignora sua posição de país que atrai imigrantes na América Latina e perde a chance aproveitar o aumento no potencial de crescimento que a imigração proporciona. O exemplo dos haitianos, que encontraram um lugar no mercado formal de trabalho, ilustra a tese.

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