• Carregando...
 |
| Foto:

R$ 4,8 bilhões será a renúncia fiscal de ICMS do Paraná em 2014, segundo cálculo da Confederação Nacional dos Municípios. Segundo a entidade, ao abrir mão dessa arrecadação para estimular empresas, o estado deixa de repassar R$ 1,2 bilhão aos municípios. Eles podem até reclamar, mas o fato é que não tem como o estado ficar fora da guerra fiscal que levará à renúncia de mais de R$ 60 bilhões em ICMS em todo o país em 2014.

Em alta

Europa

O Velho Continente ainda está longe de sair da crise, mas o anúncio de que o crescimento no fim do ano passado foi melhor do que o esperado ficou como um sinal de que a recuperação virá.

Em baixa

Reservatórios

O governo finalmente admitiu que o sistema elétrico está sob estresse hídrico importante e que, se não chover, pode faltar luz. O risco pode até ser baixo, mas melhor seria se fosse zero.

Virou ritual o anúncio do corte que o governo federal faz a cada ano em seu orçamento. É uma das nossas peculiaridades. Em países com gestão fiscal decente, o ritual é a apresentação do orçamento em si, visto como peça-chave da política econômica. Aqui é diferente. Vem a lei orçamentária e depois os cortes, muitas vezes daqueles que, no jargão, "cortam água" – o que significa um ajuste em alguma coisa que não ia existir de qualquer forma.

INFOGRÁFICO: Veja a situação dos bancos no início do ano

Neste ano, o governo quer dar um sinal claro de que vai cumprir o compromisso fiscal de manter a dívida pública sob controle e dar uma ajuda bem-vinda no controle da inflação. Nos últimos anos, as metas foram reduzidas e mal cumpridas (com alguns truques e trapaças que não convencem ninguém). Um ajuste fiscal para valer, portanto, é para ser boa notícia. Em tese, aumenta a poupança do país que pode ser usada para investimentos e faz com que as taxas de juros não precisem subir ainda mais.

O problema é que, se a coisa for para valer, o governo já disse que vai cortar investimentos. Hoje, a União arrecada quase 20% do PIB e investe 1%. O resto paga custeio, salários, aposentadorias, conta que sistematicamente cresce mais rápido do que a economia brasileira. É uma casa que precisa de reforma, mas onde as contas do mês crescem mais do que o salário do proprietário. E assim passaremos mais um ano sem grande empenho público em fazer a infraestrutura andar. Dedos cruzados para as concessões de ferrovias e estradas saírem sem depender do dinheiro público.

Copel e o gás

O Conselho de Administração da Copel aprovou a criação do consórcio com outras empresas para prospectar gás natural nos blocos arrematados no ano passado em um leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Fim da bolha?

A Bitcoin, moeda virtual que em um ano passou de um valor simbólico para mais de US$ 1 mil dólares em casas de câmbio virtuais, desabou na semana passada. Pode ser o fim de uma bolha financeira. A reputação da moeda ficou abalada com a prisão de um vice-presidente da Bitcoin Foundation, a pressão de autoridades americanas pela regulação e, na semana passada, a derrubada de duas corretoras por hackers.

Risco Copa

A Economist Intelligence Unit, braço de consultoria da revista The Economist, tem uma área que lança alertas sobre riscos existentes nos países que ela acompanha. O último alerta sobre o Brasil falava da possibilidade de haver protestos na Copa, o que vai testar a estratégia de segurança reforçada do governo.

O alerta não muda a nota de risco na área de segurança, que nem é o maior problema brasileiro para a EIU. O maior risco para quem faz negócios no país está no item "eficiência do governo". Em segundo lugar vem infraestrutura. Dois bons temas para as próximas eleições.

Pacífico

Os países que compõem a Aliança do Pacífico – Chile, México, Colômbia e Peru – assinaram um acordo para zerar as alíquotas de importação de 92% dos produtos. É um acordo comercial que deveria mexer com os brios do Brasil, que há tempos não avança no sentido da liberalização do comércio. O Mercosul vai ser ultrapassado pelo vizinho.

Dê sua opinião

O que você achou da coluna de hoje? Deixe seu comentário e participe do debate.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]