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O resumo do resultado do PIB divulgado na sexta é o de que a economia do país está quase 1% menor do que há um ano. O investimento continua ladeira abaixo, queda de 7,8% na comparação com o primeiro trimestre de 2014, e agora o consumo das famílias e do governo também recuam em ritmo de mais de 1%. A recessão continua neste segundo trimestre exatamente pelos mesmos motivos: o investimento continua parado, as famílias perdem renda e o governo arrecada e gasta menos.

O mais duro desse cenário é que está difícil enxergar de onde sairá a reação. O mais provável hoje é que a queda livre desacelere em algum momento entre o terceiro e o quarto trimestre, sem chance de uma retomada rápida. O ajuste nos gastos públicos e de famílias deve continuar e o investimento talvez ganhe algum impulso com a chegada de novas concessões (embora aqui o efeito maior só será sentido no ano que vem).

Algumas dúvidas, porém, começam a sair do radar. O ajuste fiscal, mesmo enfraquecido pelo Congresso, está andando e foi suficiente para convencer o mercado de que a tendência de longo prazo para a dívida pública é de estabilização. Aos poucos, o Banco Central recupera sua credibilidade – o custo de levar a inflação para a meta, no entanto, está sendo enorme e serve como uma lição para as próximas gerações de governantes. Por fim, há setores que têm capacidade de investimento e que vão voltar ao jogo quando o cenário melhorar um pouco mais.

Esses fatores não nos trarão crescimento sustentado no longo prazo. São os que permitirão à economia sair da UTI. A equipe econômica ainda deve ao país um plano de voo para depois da tempestade.

em alta

Chuva

O tempo começou chuvoso na época mais seca do ano, o que permitiu que os reservatórios das hidrelétricas não perdessem água em maio. E já há previsão de El Niño para o fim do ano, o que pode reduzir muito o estresse hídrico no país.

em baixa

Barreiras

O Brasil deu no México um sinal de que está disposto a reduzir suas barreiras comerciais. O acordo em negociação pode ser complementado pelas conversas, mais difíceis, em andamento com a União Europeia.

Guarde Mais

A franquia de self storage curitibana Guarde Mais está colocando em prática seu projeto de abertura de franquias. Nos primeiros cinco meses do ano, foram abertas três lojas franqueadas – em Joinville (SC), Caxias do Sul (RS) e Sorocaba (SP). Está prevista a inauguração de mais seis franquias ainda neste ano, três delas no estado de São Paulo. A expansão se dá em um mercado relativamente novo, mas que já movimenta R$ 140 milhões por ano, segundo a associação que representa as empresas da área.

Microcervejarias

A tributação sobre as cervejas artesanais mudou no começo de maio e está fazendo com que o produto suba de preço. O governo alterou a forma como calcula o imposto. Antes, a maioria das marcas de microcervejarias se enquadrava como “outras marcas”, ou seja, pagava um imposto padrão, que era o mais baixo da tabela. Agora, os impostos federais são cobrados em cima do valor da nota fiscal. Para muitas cervejarias, a carga tributária foi multiplicada por cinco. Mas o governo tem um ponto: cervejas que são vendidas por R$ 20 pagavam imposto como se custassem R$ 4.

Perkins

A fabricante de motores Perkins, que tem fábrica em Curitiba, atingiu uma marca invejável no ramo industrial: dez anos sem um acidente de trabalho com afastamento. A empresa faz parte do grupo Caterpillar e tem 144 funcionários na capital. No ano passado, ela ficou na terceira colocação no ranking das melhores empresas para trabalhar no Paraná elaborado pela Great Place to Work e publicado pela Gazeta do Povo.

Fusões

Apesar da desaceleração da economia, o número de fusões e aquisições cresceu no Paraná no primeiro trimestre. Nas contas da consultoria KPMG, foram 13 operações no primeiro trimestre de 2015, contra 11 no mesmo período do ano passado. O setor com mais negócios foi o de alimentos e bebidas, com quatro transações. Foram seis negócios em que companhias estrangeiras compraram participações de brasileiros em empresas locais.

Sanepar

A Sanepar anunciou na semana passada que quer captar até R$ 300 milhões com o lançamento de debêntures. Serão títulos com valor de face de R$ 10 mil e vencimentos que chegam a cinco anos.

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