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Incentivos

O governo federal editou a MP que incentiva a abertura de capital de empresas médias e prepara novas medidas para o setor industrial. É a agenda pós-Copa.

Em baixa

Crescimento global

O Fundo Monetário Internacional deve revisar para baixo sua previsão para o crescimento da economia global até o fim do mês. A previsão inicial era de 3,6%.

Não é preciso fazer nenhuma conta para ver que há algo de muito errado na indústria brasileira. Ela produz hoje menos do que há seis anos e tem demitido seus funcionários. Mesmo os setores mais apoiados pelo governo, que tiveram redução de impostos, não vão bem. Se o crescimento da economia foi ruim nos últimos quatro anos, em boa medida é porque há uma combinação de baixo investimento e baixo desempenho do setor industrial. Serviços e consumo vinham bem.

Os dados do emprego industrial que saíram na semana passada assustam porque o ritmo no corte de vagas é parecido com o que vimos na crise de 2008/2009. Hoje não há uma instabilidade financeira internacional como naquela época. Nossas empresas simplesmente não são suficientemente competitivas, na média. E é preciso reconhecer que os afagos que o governo federal faz de tempos em tempos têm pouco efeito para virar o jogo.

No longo prazo, uma economia com peso menor da indústria pode se tornar menos inovadora e com menor potencial de enriquecimento. Isso não é uma regra. Há países com setores de serviços muito fortes que substituíram a velha indústria – como ocorreu com os serviços financeiros na Inglaterra. O problema do Brasil é que as mazelas que afligem a indústria também tornam pouco provável o surgimento de empresas líderes em serviços. Nosso ambiente é carregado de burocracia, impostos, tem educação e infraestrutura ruins. Não haveria problema se a indústria sumisse, desde que houvesse coisa melhor no lugar. Empurrar a questão para a frente com subsídios e ajustes pontuais também não ajuda.

Romera

A rede varejista paranaense Romera está investindo R$ 5 milhões para começar sua operação no Pará, onde serão abertas nove lojas. A companhia tem hoje 205 lojas e já opera em sete estados – sua área de atuação vai do Paraná até o Amazonas. Neste ano, já foram inaugurados cinco novos pontos de vendas. Com a expansão geográfica, a Romera espera manter o ritmo de crescimento do faturamento entre 15% e 20% ao ano. Em 2013, a receita foi de R$ 1,2 bilhão e a projeção para 2014 é de R$ 1,4 bilhão.

IPI

Quais os benefícios da manutenção do IPI reduzido para a indústria automotiva? O mais esperado seria uma contribuição do setor para o crescimento da economia e a criação de empregos. Os economistas Alexandre Porsse e Felipe Madruga, da UFPR, fizeram a conta e chegaram à conclusão de que a política teve um efeito de 0,02% ao ano no crescimento do PIB e de 0,04% no emprego, de 2010 a 2013. Além do impacto pequeno, a política não segurou os preços do setor automotivo. Neste ano, o valor médio gasto por cada carro comprado no país subiu 6%, de acordo com a consultoria Oikonomia.

Fracking

Um estudo publicado na semana passada na revista Science afirma que o uso da técnica de fraturamento hidráulico (fracking) para a extração de gás natural tem causado milhares de microterremotos no estado americano de Oklahoma. Esses tremores são fortes o suficientes para serem sentidos, mas não causam grandes estragos. Esse efeito colateral da tecnologia ainda precisa ser melhor estudado, mas vai servir de argumento para quem é contra seu uso – no Paraná, a Justiça proibiu o início da prospecção em campos onde talvez seja viável extrair gás com o fracking.

Guerra

Com sede em Pato Branco, o Grupo Guerra, que atua na área de sementes, quer chegar à marca de R$ 1 bilhão de faturamento na próxima década. Para isso, está finalizando um plano de investimentos de R$ 100 milhões para ampliar sua produção no Sul do estado, incluindo um centro de pesquisas e uma nova unidade de beneficiamento de sementes.

CR Almeida

A construtora paranaense CR Almeida está dando os primeiros passos para se consolidar na área de mobilidade. A empresa é uma das maiores operadoras em concessões rodoviárias e agora vai diversificar a atuação. Ela lidera o consórcio que apresentou a única proposta para a PPP de construção da Linha Bronze do metrô de São Paulo, que vai ligar a capital paulista ao ABC. O projeto tem um valor estimado de R$ 4,26 bilhões.

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