Comprometimento com prazo de validade

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Ricardo era um profissional exemplar, com habilidade e competência indiscutíveis para administrar a Área de Recursos Humanos da empresa onde atuava. Era dedicado e comprometido com os resultados, além de demonstrar muita responsabilidade em relação aos prazos de entrega e à qualidade do material que produzia.

Por ter um perfil diferenciado aos olhos da empresa, Ricardo mantinha uma posição confortável, pois detinha a credibilidade necessária para exercer suas funções com autonomia. Ele era um dos poucos profissionais que não precisava justificar a compra de equipamentos ou produtos, ou que podia ausentar-se da empresa para resolver assuntos externos sem precisar de autorização.

Toda a rotina de Ricardo era diferente, pois ele havia conquistado, após cinco anos de trabalho impecável, um nível de confiança raro entre os profissionais de hoje. A empresa lhe deu diversas oportunidades para crescer e ele aproveitou todas elas. Por isso não era de se espantar que agora ele gozasse de um relacionamento excelente com a organização.

No entanto, a carreira de Ricardo tomou novos rumos após uma viagem ao exterior. Ele percebeu que sua vida profissional seria mais promissora se obtivesse uma vivência no exterior. Afinal, ele dominava fluentemente dois idiomas estrangeiros e no seu dia-a-dia de trabalho não fazia uso desse conhecimento. Então, decidiu que estava na hora de deixar a empresa e de aprimorar seu desempenho, além de buscar novos desafios.

Assim, Ricardo começou a procurar cursos no exterior, para melhorar seu currículo e vivenciar algo novo. Após alguns meses de busca e pesquisa, definiu-se por um MBA na Inglaterra.

Com a certeza de que esta era a melhor escolha, Ricardo anunciou aos seus chefes que estaria se desligando da organização e explicou-lhes os motivos para sua decisão. Disse-lhes, ainda, que não haveria meios de fazê-lo mudar de idéia, uma vez que não deixava a empresa por insatisfação, pelo contrário. Contou-lhes que buscava novas oportunidades e desafios. E, para demonstrar seu agradecimento por tantos anos de parceria e oportunidades, bem como para que a empresa pudesse se organizar, Ricardo prometeu permanecer no cargo pelos próximos três meses. O prazo não era somente positivo para a organização, uma vez que ele próprio precisaria do salário para a viagem que viria a seguir. Além disso, para conseguir o visto de estudante, precisaria ter o registro na sua carteira de trabalho. Assim, a sugestão era boa para ambos os lados e, por isso, foi aceita rapidamente.

Ricardo continuou o seu trabalho, mas, desta vez, com uma diferença visível no comportamento. Pela primeira vez ele não se importou quando não conseguiu cumprir um prazo e passou a sair da empresa com uma freqüência muito maior do que a costumeira.

Além disso, ele estava sempre absorto em pensamentos, imaginando como seria sua vida futura, no exterior. Deixou de dar retornos, de engajar-se em projetos que antes lhe enchiam os olhos de entusiasmo. Passou a ser mais um, apenas ocupando o espaço entre a sua mesa e a cadeira de escritório.

A mudança de postura e a queda no comprometimento foram percebidas imediatamente pela organização, que precisou chamá-lo para uma conversa.

Na reunião com seus chefes, Ricardo desculpou-se, mas não tinha muito a discordar, uma vez que seu desempenho havia, de fato, piorado.

Com isso, a empresa decidiu que era melhor desligá-lo e investir, sem demora, em outro profissional, mais responsável e dedicado.

Ricardo, então, foi demitido e a notificação em sua carteira de trabalho custou-lhe a liberação do visto de permanência na Inglaterra, uma vez que o consulado dava preferência para profissionais com emprego fixo. Assim, ele perdeu a oportunidade de viajar e a vaga na empresa.

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Embora muitos profissionais saibam da importância do comprometimento para o sucesso da carreira, poucos levam a sério essa recomendação, sobretudo quando já têm novo emprego à vista, ou uma mudança nos rumos da carreira. No entanto, o mercado costuma ser reticente com os profissionais que demonstram comprometimento com "prazo de validade", ou seja, somente enquanto dura o interesse deles pela continuidade na organização. Porém, reza a "cartilha do bom profissional" que a dedicação e a responsabilidade com o crescimento da empresa devem durar até o final do contrato de emprego, ou até o último dia de permanência no trabalho. Dessa forma, tanto a organização ganha, quanto o profissional, que terá sua reputação garantida e a consciência tranqüila.

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Futuro consciente

A Kraft Foods Brasil realiza o programa "Bom Vizinho", que visa a dar condições de desenvolvimento para as comunidades localizadas no entorno das fábricas da empresa. O objetivo principal é ensinar as crianças, desde cedo, a respeitar o próximo e a cuidar do meio ambiente, para que passem a lição adiante.

As ações do "Bom Vizinho" chegaram a Curitiba no começo do ano e estão presentes em todas as cidades onde há uma fábrica da empresa. São oferecidas gratuitamente palestras com temas ligados à preservação do meio ambiente, ética e cidadania, entre outros que possibilitam o desenvolvimento humano e consciente das crianças. O projeto englobou, durante o mês de agosto, em Curitiba, ações pontuais, como palestras educativas para aproximadamente 1.600 crianças, com idades entre 5 e 10 anos, das Escolas Municipais Dona Pompilha e Leonel Brizola.

A próxima ação a ser realizada em Curitiba será em setembro e a palestra terá como tema "Meio ambiente", focado em ecologia e preservação das matas.

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Esta coluna é publicada todos os domingos. O espaço é destinado a empresas que queiram divulgar suas ações na gestão de pessoas e projetos na área social, bem como àquelas que queiram dividir suas experiências profissionais. A publicação é gratuita. As histórias publicadas são baseadas em fatos reais. O autor, no entanto, reserva-se o direito de acrescentar a elas elementos ficcionais com o intuito de enriquecê-las. Currículos para www.debernt.com.br. Contato:Bekup Comunicação, tel: (41)3352-0110.