• Carregando...

O mercado de trabalho exige dos profissionais, cada vez mais, qualidades comportamentais, incentivando-os à auto-avaliação constante. Essa tendência é positiva, pois colabora com a melhoria das relações, com a valorização ética e moral. No entanto, nem todos os profissionais conseguiram acompanhar essas mudanças e alguns ainda têm dificuldade em administrar as relações humanas, seja no ambiente de trabalho ou na vida pessoal.

Máximo era um empreendedor descendente de imigrantes desbravadores e corajosos. Seus avós foram pioneiros na extração de madeira e ele carregou esse legado com orgulho.

O empresário administrou as empresas fundadas pela família com pulso forte e seus colaboradores sentiam, diariamente, sua mão-de-ferro. Máximo os tratava com dureza e aspereza, pois não gostava de intimidade com as pessoas de seu ambiente de trabalho, sobretudo com os empregados, pois ele acreditava que a amizade na empresa amolecia a disciplina e diminuía a produtividade.

Assim, não permitia conversas paralelas durante o expediente e rechaçava qualquer contato mais íntimo entre sua equipe. Certa vez, descobriu que dois de seus gerentes haviam iniciado um relacionamento amoroso e, mesmo que o casal continuasse a exercer suas funções com competência, ele os demitiu sumariamente.

Também não gostava de delegar funções, pois não confiava plenamente em sua equipe. Centralizava o maior número de questões possíveis e cobrava relatórios diários de seus gerentes, para que conferisse tudo o que estava sendo feito.

Ele não gostava de conversar com os clientes, pois não tinha tato algum para isso. Em inúmeras ocasiões, quando interceptou ligações destinadas ao Departamento Financeiro, Máximo rejeitou clientes que tentavam negociar melhores prazos de pagamento e a maneira bruta com que os tratou quase gerou a quebra dos contratos firmados.

Em outras situações, ele deixou de participar de uma licitação importante, pois não havia simpatizado com o gestor da empresa cliente. Também, não participava de grupos sociais e, por mais que fosse membro de meia dúzia de câmaras de comércio, ele não desfrutava de nenhum benefício, pois não suportava os eventos para network.

Um típico anti-social, Máximo conseguia manter a empresa lucrativa, mas não conseguia expandi-la em razão de sua dificuldade de relacionamento.

Mesmo na esfera pessoal, o empresário tinha problemas. Sua esposa havia partido diversas vezes, mas retornara após as súplicas comoventes do marido. No entanto, o relacionamento havia terminado e eles viviam separadamente sob o mesmo teto.

Ele, ainda, não mantinha bom relacionamento com os filhos, nem mesmo com os netos, pois Máximo não sabia expressar contentamento. Somente as críticas fluíam de sua boca e, neste quesito, ele era um especialista. Sabia, como ninguém, tocar os pontos fracos das pessoas e magoá-las profundamente.

Por isso, quando adoeceu devido a um câncer de medula, Máximo se viu só. Ninguém o apoiou, ou rezou por ele. No seu funeral não comparecerem membros da família (pois os havia afastado) ou amigos (pois não os tinha).

Seus filhos assumiram a gestão da empresa, após a sua morte, e mudaram tudo o que lembrava o estilo de administração do pai. Criaram, inclusive, o Dia do Amigo, que celebrava os relacionamentos entre os colaboradores e incentivava os laços de amizade.

Hoje, a organização dobrou o seu patrimônio social, devido às parceiras e relacionamentos comerciais que os filhos de Máximo construíram. Além disso, a empresa é reconhecida por seu ótimo clima organizacional.

*********************

Cada pessoa tem uma maneira particular de interagir com os outros, de falar, questionar, argumentar. No entanto, algumas têm maior dificuldade para expressar-se com gentileza. Elas, normalmente, sentem na pele os resultados de tal deficiência, pois o mercado atual exige diplomacia e jogo de cintura.

Porém, nem tudo está perdido para aqueles que têm dificuldade de relacionamento, pois essa é uma característica que se pode desenvolver ao longo do tempo. Ou seja, é possível aprender a ser uma pessoa mais cordial e gentil, contato que se tenha força de vontade e um pouco de sensibilidade.

Assim, sugiro a todos os profissionais que questionem aqueles à sua volta sobre suas características comportamentais e, se o feedback for negativo, inicie imediatamente o processo de mudança – torne-se uma pessoa melhor!

**********************

SAIBA MAIS...

Aprendendo a ajudar

A Companhia de Gás de São Paulo – Comgás – em parceria com a ONG Cidade Escola Aprendiz realiza o Programa Aprendiz Comgás (PAC), que visa orientar jovens entre 14 e 17 anos de escolas públicas e particulares, de São Paulo, que manifestem a vontade de desenvolver projetos sociais. O lema da iniciativa é: "Para mudar o mundo, comece com sua idéia".

Os jovens se encontram três vezes por semana e participam de uma série de atividades educacionais. Nos encontros os estudantes são preparados para elaborar projetos, articular parcerias e mobilizar a comunidade para efetiva participação em ações sociais. O projeto tem duração de cinco meses.

A Comgás oferece a participação e o apoio do seu corpo diretor e de seus colaboradores como "Amigos do Aprendiz Comgás", e também disponibiliza recursos financeiros. Colaboradores voluntários participam transmitindo experiências e conhecimentos acumulados e auxiliando os aprendizes na realização de seus projetos.

O programa existe há seis anos e, a cada semestre, são selecionados cerca de 80 jovens – que se dividem em grupos de quatro a seis integrantes. Mais de 1.100 jovens já estiveram envolvidos como coordenadores e executores de 200 projetos sociais nas áreas de saúde, meio ambiente, cultura, cidadania e comunicação.

Esta coluna é publicada todos os domingos. O espaço é destinado a empresas que queiram divulgar suas ações na gestão de pessoas e projetos na área social, bem como àquelas que queiram dividir suas experiências profissionais. A publicação é gratuita. As histórias publicadas são baseadas em fatos reais. O autor, no entanto, reserva-se o direito de acrescentar a elas elementos ficcionais com o intuito de enriquecê-las. Currículos para www.debernt.com.br. Contato: Bekup Comunicação, tel: (41)3352-0110.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]