• Carregando...

Mariano encontrou sua verdadeira vocação ao ser apresentado, pela primeira vez, a um computador. Ele sentiu, naquele momento, que aquela máquina seria seu ganha-pão, pois a tecnologia o fascinava. Então, no vestibular, optou por cursar Engenharia da Computação. Foi aprovado entre os primeiros candidatos e, durante todo o curso, foi um dos melhores alunos. Ele tinha afinidade com as matérias e entendia naturalmente o funcionamento do equipamento e dos programas. Seus professores diziam que ele era um talento natural.

Então, no último ano de faculdade, Mariano foi indicado, por um de seus professores, para estagiar em uma grande empresa, prestadora de serviços em Tecnologia da Informação. Sentiu-se orgulhoso por ser lembrado e, sobretudo, por conseguir uma oportunidade de mostrar suas habilidades e conhecimento. No primeiro dia de trabalho estava tão eufórico que demorou mais do que o normal para escolher a roupa certa para vestir. Queria transmitir profissionalismo e seriedade e optou por uma camisa e calça social. Todavia, quando chegou à empresa, percebeu logo e havia algo errado na sua produção. Todos, sem exceção, trajavam calças jeans, camisetas e tênis. Além disso, a maioria dos profissionais não apresentava asseio com as roupas, cabelo e unhas. Era um ambiente predominantemente masculino e, talvez por isso, pensou, não havia muito cuidado com a aparência.

Então, ao ser apresentado ao grupo e às normas da empresa, Mariano foi direcionado a uma equipe de trabalho, que atenderia os clientes e resolveria seus problemas de informática.

Agora, pensou ele, vou poder mostrar tudo que sei. Mas, estava enganado. Já no primeiro mês percebeu que o conhecimento não era a principal característica da empresa. A maioria dos profissionais dominava o básico, mas não conseguia se aprofundar em sistemas mais complexos, quanto mais oferecer soluções aos clientes.

Por isso, quando alguns deles não sabia identificar qual era o problema de uma determinada máquina, eles diziam ao cliente que a causa do defeito era a existência de vírus. Essa era a senha: vírus = problema desconhecido. Mariano não podia acreditar no que estava presenciando, afinal, havia optado por essa profissão pelo desafio, para dominar a tecnologia e não ser refém dela. Mas a empresa não permitia que seus colaboradores permanecessem muito tempo se dedicando a uma determinada revisão de equipamento, pois tempo significava dinheiro. Assim, a determinação era a de fazer o máximo, no menor tempo possível, e apresentar soluções – ou desculpas – razoáveis aos clientes.

A justificativa, disse-lhe certo dia o gerente de seu grupo de trabalho, é a de que o cliente sabia ainda menos do que eles e, portanto, não reclamaria se a empresa não conseguisse apresentar as melhores soluções.

Outro disparate foi feito pelo proprietário da empresa, que não seguiu as solicitações de um cliente quando este reclamou da apresentação e do atendimento de um de seus empregados. Segundo o cliente, o profissional que os atendia não tinha tato para lidar com as pessoas e perdia a paciência quando lhe perguntavam questões que ele considerava básicas. Além do mais, o cliente expôs o problema da falta de asseio, relatando que o técnico que os atendia sempre cheirava a suor. E a empresa, o que fez diante da reclamação? Nada.

Mariano não podia acreditar que uma das maiores empresas do setor apresentasse aquela postura e, o mais espantoso, é que o serviço medíocre e o péssimo atendimento não afugentavam os clientes. Quando, em determinada ocasião, perguntou a um colega qual seria a fórmula da empresa para ter obtido tanto sucesso no mercado, ouviu: "Dominar algo que poucas pessoas conhecem. O que é um mistério para a maioria dos clientes, é parte de nosso dia-a-dia". A declaração desvendou o segredo para Mariano. Ele entendeu que enquanto o mercado fosse ignorante no quesito informática, haveria espaço para empresas e profissionais medíocres.

Com essa conclusão percebeu que jamais se diferenciaria dos demais, pois o mercado não saberia distinguir entre ele e outro técnico fajuto. Então, decidiu abandonar a empresa e dedicar-se a vida acadêmica, pois Mariano percebeu que o futuro da tecnologia depende do bom uso dela e, para que isso aconteça, é preciso formar bons profissionais. Hoje, ele se dedica à formação dos jovens e os ensina a valorizar a verdade, a transmitir o conhecimento e a se relacionar bem com as pessoas. Sua dedicação dará frutos futuros e essa certeza faz dele um profissional realizado. *****

Quando alguém sabe algo que ninguém mais conhece, fica fácil obter sucesso. Mas, quando essa pessoa não sabe tanto assim (mas pretende que sim) e para isso engana aos demais, ela cai – mais cedo ou mais tarde. No ramo da tecnologia da informação, muitos são os profissionais que pouco sabem, mais que muito alardeiam e dissimulam, pois sentem-se confortáveis com o fato de que a maioria da população é ignorante no assunto. No entanto, essas pessoas têm seus dias contados, uma vez o conhecimento está sendo difundido para o mercado e os bons profissionais serão destacados e valorizados.

Saiba maisEsclarecendo GlaxoSmithkline, empresa farmacêutica, realiza desde 2000 a campanha "Por um inverno com mais calor humano", que visa a esclarecer a população sobre os problemas de saúde mais freqüentes nos meses de frio, como asma, bronquite e rinite, e as medidas preventivas para se evitar o contágio. Exames gratuitos, simples e rápidos para identificar doenças típicas do inverno e dicas que devem ser adotadas para amenizar esses males são realizados durante a campanha. Além do atendimento gratuito à população do Rio de Janeiro e de São Paulo, o laboratório doou 30 toneladas de alimentos para cinco instituições carentes. Durante a campanha mais de 700 pessoas foram atendidas e mais de 2000 kits de alimentos foram entregues a famílias carentes do Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Salvador.

*****

Esta coluna é publicada todos os domingos. O espaço é destinado a empresas que queiram divulgar suas ações na gestão de pessoas e projetos na área social, bem como àquelas que queiram dividir suas experiências profissionais. A publicação é gratuita. As histórias publicadas são baseadas em fatos reais. O autor, no entanto, reserva-se o direito de acrescentar a elas elementos ficcionais com o intuito de enriquecê-las. Currículos para www.debernt.com.br. Contato: Bekup Comunicação, fone (41)3352-0110.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]