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A história de hoje fala de Juliana, uma moça de classe social elevada, que encontra as mesmas dificuldades que tantos outros brasileiros na sua fase de vida. Jovem, ela ainda tem sonhos inocentes e diversas dúvidas em relação ao seu futuro profissional. Todas as opções que a vida lhe proporciona são, para ela, mais dúvidas e escolhas que deverá fazer daqui para frente. Boa leitura.

Há algum tempo conheci uma menina com uma história que vai contra os paradigmas de riqueza X oportunidades e esforço que conheço. Juliana nasceu numa família aparentemente confortável financeiramente que, porém, suou muito para conseguir acumular tudo que possui. Durante sua infância, Juliana teve oportunidades excelentes como cursos de inglês, francês, espanhol e teatro, além de ter estudado nas melhores escolas. Esses cursos proporcionaram à jovem uma capacidade única de se desenrolar facilmente no meio social, tornando-a desinibida e pró-ativa. Porém, ao chegar à juventude, encontrou pela frente obstáculos jamais imaginados para uma menina como ela.

O primeiro de todos foi, justamente, sua indecisão sobre qual faculdade cursar. Começou por Publicidade, onde se deparou com pessoas que gostavam das mesmas coisas que ela. Entretanto, não durou muito tempo, pois, mesmo identificando-se com o curso, acreditou que poderia haver algo mais semelhante com seus ideais. Depois tentou Artes Cênicas, pensando em dar prosseguimento à sua carreira teatral iniciada quando criança. Mesmo apaixonada pela vida artística, continuou achando que poderia encontrar algo mais condizente com seus projetos de vida. Até que decidiu cursar Administração, acreditando que poderia, com isso, tornar-se algum dia a pessoa que salvaria o mundo.

Exageros à parte, Juliana desenvolveu uma filosofia de vida peculiar. Sabendo que uma fatia muito pequena da população tem acesso a uma formação cultural mais elevada e que, dessa fatia, uma quantidade ainda menor tem a consciência de que isso os favorece a tomar decisões mais responsáveis socialmente, ela acredita que essas pessoas unidas podem mudar o mundo, através de suas atitudes dentro das empresas.

Talvez por causa dessa personalidade idealista Juliana enfrentou mais um tipo de obstáculo e, dessa vez, surpreendente: o preconceito. Chegado um momento da vida em que se encontrava em período avançado na faculdade, a jovem começou a sentir a necessidade de estagiar em sua área para por em prática tudo o que aprendia na teoria. Todavia, ao contrário do que imaginava, sua busca por uma empresa idônea que a aceitasse sem a experiência exigida foi muito mais difícil do que imaginava. Ela sempre transparecia ser uma menina sonhadora demais ou, talvez, uma pessoa que não necessitava daquele estágio. Sempre bem vestida e com aspecto de "menininha rica", as vagas sempre eram cedidas para outras pessoas que, aparentemente, precisavam mais que a jovem. Independente se esse era o real motivo ou não, Juliana não desistiu de sua busca. Apenas mudou um pouco o seu discurso nas entrevistas de estágio, não expondo seus sonhos e dando mais ênfase à sua vontade de crescer profissionalmente, apontando apenas seus diferenciais.

Desta forma não parecia ser tão sonhadora e abastada. E, depois de uma longa busca, ela, finalmente, conseguiu o que queria: um estágio na área de Administração. Hoje, Juliana ainda encontra alguns obstáculos e o maior deles, talvez, é o futuro de sua vida profissional. As dúvidas ainda são muitas e os questionamentos constantes: "Será que vou ser uma atriz famosa? Ou a presidente de uma importante multinacional? Ou ainda, será que vou me tornar uma diplomata da ONU?". A única certeza que ela tem é que, independente do rumo que sua carreira tomar, jamais deixará de lutar pelos seus ideais ou deixará de lado seus valores. Juliana sabe que, mesmo com tantas dúvidas, fará o possível – e o impossível – para tentar salvar o mundo!

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Educação para cidadania

A Fundação Banco do Brasil realiza o "Programa BB Educar", que visa alfabetizar jovens e adultos por meio da formação de alfabetizadores que assumem o compromisso de constituir Núcleos de Alfabetização nas comunidades em que atuam. O projeto teve início em 1992 e já beneficiou milhares de pessoas em todo o Brasil, tendo formado cerca de 31.562 alfabetizadores voluntários.

O programa destina-se a colaborar com a diminuição do índice de analfabetismo no país, propiciar condições de inclusão dos alfabetizados nos cursos supletivos ou equivalentes e envolver o Poder Público em ações que possibilitem a concessão de Documentos de Identidade aos cidadãos alfabetizados. Participam do projeto jovens e adultos a partir dos 15 anos, sem limite máximo de idade.

O "Programa BB Educar", além da alfabetização, proporcionou experiências relevantes em diversas comunidades, como a formação de associações de moradores, estimulando o trabalho comunitário e associativismo; a criação de horta comunitária, cursos pós-alfabetização e cursos profissionalizantes; entre outras.

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