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Tornou-se uma tradição político-eleitoral a realização de debates entre candidatos no mundo inteiro.

No último debate realizado nas eleições alemãs a audiência chegou a 71% com as tevês ligadas durante duas horas seguidas. Nos Estados Unidos várias eleições foram decididas em confrontos nas televisões. A mais célebre foi entre Kennedy e Nixon, em que Kennedy virou a eleição. JFK apareceu preparado, descansado, com aquele ar jovial de estudante eterno.

Nixon cansado, barba malfeita, arrogante e desleixado com o programa de governo. Não deu outra: Kennedy massacrou o republicano e a imprensa independente e analítica ressaltou as qualidades do democrata. Mas o importante foi uma foto de Nixon prostrado em uma cadeira após a derrota de idéias.

Nas últimas eleições, Kerry (democrata) tentava achar uma saída para a guerra do Iraque, com várias alternativas que livrassem os Estados Unidos de se envolverem em mais num litígio sem fim. Bush simplesmente reduziu o problema: "Vamos terminar com eles e com todos os terroristas".

O povão preferiu a simplificação e Bush levou vantagem, ganhando os dois debates e as eleições. Assim é se lhe parece, as pessoas preferem as simplificações dos problemas. Agora se aproximam os debates presidenciais, Lula, Alckmin, Heloísa Helena e Buarque. Cada um na sua e com idéias separadas.

Tenho certeza que Alckmin crescerá na disputa, Heloísa Helena será a mais contundente, Buarque mais professoral e Lula, com o estilo populista, tentará a reeleição. As pesquisas mostram que Lula é conhecido de 98% do eleitorado.

Alckmin só de 55%, bem como Heloísa e Buarque. Partindo daí, se houver bom desempenho dos candidatos das oposições todos, tendem a crescer, pois há espaço para isso, já Lula não tem como subir de onde está. Mas vejo fragilidades no nosso presidente, perdeu a equipe e seus homens de confiança como José Dirceu, Palocci e Gushiken, ficaram os amadores. Equipe conta muito em campanha, pois mudam os votos como mudam as nuvens, aí entra a assessoria.

As apresentações iniciais nas televisões já mostram o preparo intelectual dos candidatos e as soluções que pretendem para nossos problemas. É muito importante saber da postura da ética, da moral e principalmente dos princípios de quem se apresenta para governar o Brasil.

A transparência que a imprensa impõe é fundamental para esclarecer o eleitorado do país. Um dado chamou a atenção nas pesquisas: antes 62% pensavam em dar um segundo mandato a Lula; hoje, 45 dias depois, apenas 41% desejam que ele tenha mais quatro anos de poder. Por aí tiro minhas conclusões e não por pesquisas quantitativas. Vamos prestar atenção nas propostas e no discurso de todos eles. Assim não há como se arrepender do voto.

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