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Fácil é concluir, em definitivo, que os súditos cumprem duas vezes, no mínimo, a obrigação cívica de pagar impostos. E o fazem em vão, já que os serviços públicos correspondentes, disponibilizados à população, de tão falaciosos, obrigam os contribuintes a se socorrerem da iniciativa privada

Matéria recentemente publicada em revista de circulação nacional revelou a quantas anda a devastadora cultura da corrupção em nosso país. Só no ano passado, os corruptos surrupiaram mais de R$ 85 bilhões dos cofres públicos. Para se ter uma ideia do que isso significa, o valor seria suficiente para, por exemplo, erradicar totalmente a miséria do nosso povo e construir 36 mil quilômetros de rodovias!

Levando-se em conta que nesse assalto contra a economia popular não entra o rombo da gastança perdulária e inútil do Leviatã, fácil é concluir, em definitivo, que os súditos cumprem duas vezes, no mínimo, a obrigação cívica de pagar impostos. E o fazem em vão, já que os serviços públicos correspondentes, disponibilizados à população, de tão falaciosos, obrigam os contribuintes a se socorrerem da iniciativa privada, arcando com custos estratosfésricos, notadamente nas áreas da saúde, da segurança e da educação.

Mas nem tudo está perdido em Pindorama. Veja-se o louvável exemplo de eficiência e seriedade das entidades que formam o Sistema Fecomércio Sesc/Senac, criadas e mantidas não pelo governo, mas pelos empresários há mais de 60 anos, mediante contribuições da categoria patronal sobre a folha de pagamento. As unidades desse sistema, que complementam importantes atividades estatais, dão exemplos visíveis de seriedade com os compromissos assumidos em prol da coletividade.

Aqui no Paraná, foram investidos R$ 26 milhões no ano passado. O sistema, que atualmente administra 21 obras de grande vulto, envolvendo R$ 194 milhões, é liderado pelo gaúcho Darci Piana. Em um relatório de desenvolvimento e gestão, baseado em dados do ano de 2010, merecem destaque alguns números relacionados ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), que tem como missão educar para o trabalho em atividades do comércio de bens, serviços e turismo: 106.466 atendimentos; 11.468 alunos no Programa Senac de Gratuidade; 4.165 turmas; 444.633 horas-aula; e 222 municípios atendidos.

Em 2010, o Programa Senac de Gratuidade superou todas as metas, revelando comprometimento com a população menos favorecida. O programa tem exigido elevado nível de gestão e operacionalização de cada um de seus colaboradores e parceiros. As ações da gratuidade concentraram-se nos cursos de capacitação, aprendizagem e habilitação técnica.

Aprendizagem

Quando de sua criação, em 1948, o Senac tinha como foco a formação de jovens aprendizes. Novos cursos foram implantados, tornando a instituição referência na aprendizagem em diversos níveis, inclusive auxiliando as empresas a proporcionarem o primeiro emprego a milhares de jovens. Segundo a legislação, médias e grandes empresas são obrigadas a contratar aprendizes em número que equivale de 5% a 15% do total de empregados. Urge que o governo se espelhe nesse exemplo de gestão, que, com a mais absoluta transparência, faz tanto (e bem feito) com tão pouco!

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