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Folhinha

Datas previstas por algumas empresas para divulgação do balanço de 2008.

Empresa - Data

Natura - 18/2Vale - 19/2Banco do Brasil - 19/2Gerdau - 19/2Itaú - 25/2Petrobras - 6/3Copel - 20/3

Fonte: Bovespa.

O Bradesco deu início à temporada de balanços. A partir de agora será possível medir com mais precisão o que realmente aconteceu na economia brasileira no último trimestre de 2008 e o que vai acontecer nos próximos meses. A primeira impressão não foi boa – o bancão teve um lucro 27% menor do que no mesmo período de 2007.

Outras grandes empresas, mais significativas, vão demorar ainda um pouco para apresentar os seus números – algumas. Por ora ficamos com a Satipel, fabricante gaúcha de painéis de madeira, que deve divulgar o balanço na quarta-feira, e o Paraná Banco (quinta). Ao lado, uma lista com algumas empresas e as datas em que pretendem anunciar os seus resultados.

Respostas

Ao lado estão respostas a dois leitores, que mandaram dúvidas em relação ao mercado de ações. Antes de prosseguir na leitura, é importante fazer uma ressalva. Nos dois casos, é importante observar que as ações são investimento de risco. Isso significa que não é bom concentrar o seu dinheiro somente nesse tipo de aplicação. O ideal é ter um portfólio de investimentos em que estejam presentes aplicações mais conservadoras, como renda fixa.

Isto dito, aí estão as respostas.

Frações

O leitor Ricardo conta que já possui recursos na bolsa e que poderá dispor de R$ 150,00 por mês para investir nos próximos tempos. Sua pergunta é se vale a pena aplicar esse dinheiro em ações, levando em conta que ele paga no banco uma taxa de custódia de R$ 14,90.

Levei a questão ao economista Leandro Martins, autor do livro Aprenda a Investir – Saiba Onde e Como Aplicar Seu Dinheiro (editora Atlas). Ele é totalmente favorável ao investimento de pequenos valores na bolsa, e dá algumas dicas. A primeira é recorrer às compras de papéis pelo lote fracionário – ou seja, numa quantidade de ações menor do que os lotes padronizados que são muitas vezes de 100 ações. Nesse caso, o preço dos papéis pode ser um pouquinho diferente. No fechamento de ontem, por exemplo, as ações ON da Vale fecharam a R$ 32,83 no lote-padrão e a R$ 32,93 no lote fracionário. Para saber o preço correto, acrescente um "f" depois do código da ação, no site da Bovespa ou no da corretora – no caso da Vale, por exemplo, fica VALE3F.

Em segundo lugar, é bom procurar uma corretora que cobre uma taxa de corretagem baixa. Muitas empresas cobram R$ 15,00 por operação (compra ou venda), independentemente do valor. No caso do leitor, é caro demais – é melhor pesquisar.

A taxa de corretagem é diferente da taxa de custódia, que é aquela mencionada pelo leitor. A taxa de custódia é cobrada pela instituição financeira que "toma conta" dos papéis de sua propriedade. E R$ 14,90 é bem alto – há inclusive corretoras que assumem esse custo e não cobram nada do cliente.

Em resumo, a sugestão para o Ricardo é continuar investindo na bolsa – nem que isso exija que ele troque de corretora.

Socorro

O leitor Gonçalves quer começar a investir na bolsa. Mas antes disso pretende colocar dinheiro em aplicações mais conservadores – "para ter onde pedir socorro em uma emergência", diz. Ele vai pôr uma parte dos recursos em caderneta de poupança e a outra em uma aplicação de renda fixa, e pretende manter os valores investidos por pelo menos 20 anos. E pergunta: CDB ou Tesouro Direto? Pré ou pós-fixado?

Em primeiro lugar, nesse momento os títulos pré-fixados são um negócio melhor. Isso porque os juros brasileiros estão em trajetória de queda. Assim, quem optar pelos pós-fixados vai ter rendimentos em queda nos próximos meses, enquanto que os papéis pré continuarão com os mesmos porcentuais de juros.

Mas o melhor é CDB ou títulos do Tesouro? No caso de aplicações de valor baixo – o leitor pretende aplicar até R$ 1 mil ao mês –, tanto faz. Segundo o economista Leandro Martins, os CDBs pré-fixados e as NTN-F (Notas do Tesouro Nacional – série F) estão com uma rentabilidade muito próxima. Portanto, é mais prudente o leitor fazer uma consulta perto do dia em que for investir e escolher a opção mais vantajosa.

E se o valor for alto? Aí o Tesouro é mais seguro. O valor integral tem a garantia do governo federal, o que não acontece com outros investimentos. Os CDBs contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito, que é um mecanismo sustentado pelo sistema financeiro, e que paga aos aplicadores até R$ 60 mil caso a instituição bancária quebre.

Felizmente, os bancos brasileiros andam bem saudáveis e lucrativos. Mas alguns anos atrás tivemos o caso do Banco Santos, que sofreu intervenção do governo federal e causou prejuízo para muita gente. Precaução, portanto, nunca é demais.

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