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8 dicas para o 13.º

• Saiba quanto terá à disposição. Informe-se com a área de recursos humanos de sua empresa quanto vai receber de décimo-terceiro.

• Coloque tudo no papel. De preferência, com a participação da família.

• Faça um levantamento de suas dívidas. Se alguma estiver atrasada, deve ser o primeiro item a ser pago.

• Se decidir antecipar a quitação de algum financiamento, não esqueça de pedir o desconto dos juros nas parcelas a vencer. Isso é obrigatório.

• Vai comprar presentes? Evite comprar a prazo. Peça desconto à vista.

• Lembre-se que, no início do ano, vencem impostos como IPVA e IPTU. Guarde algum dinheiro para pagá-los.

• Tem filhos em idade escolar? O décimo-terceiro pode ajudar na compra do material para o próximo ano letivo.

• Se você não tem investimentos, é uma boa oportunidade para começar.

Para a maioria das pessoas, falta pouco mais de um mês para a primeira parcela do décimo-terceiro salário cair na conta (digo a maioria porque há quem faça a opção por receber esses recursos junto com as férias, para reforçar o orçamento de viagens ou outro projeto que estiver tocando). Para quem é assalariado, o "trêzimo", como alguns o chamam, é uma ocorrência regular e previsível: é pago todos os anos, sempre nas mesmas datas, em duas parcelas, e, novembro e dezembro.

É por isso que eu e outros editores aqui da Gazeta não gostamos daqueles textos que dizem que o benefício vai "injetar" tantos bilhões de reais na economia. Essa expressão é enganosa, porque dá a impressão de algo inesperado, externo ao sistema trabalhista. Os comerciantes estão à espera desses recursos. E, se você é assalariado, já deveria estar pensando nisso: o que você vai fazer com esse valor? Quais são os seus planos? Eles são razoáveis?

A questão é séria porque estamos em um período de pesado endividamento entre as famílias brasileiras. Com 42% da renda anual comprometida com dívidas, não dá para imaginar que o bônus de fim de ano, sozinho, seja suficiente para sanear as finanças de todo mundo. Nos últimos anos, vi muitas pesquisas feitas em outubro/novembro mostrando que a maioria dos brasileiros pretendia usar o décimo-terceiro para pagar dívidas. Observando a evolução do endividamento em tempos recentes, percebe-se que essa disposição não resultou em redução efetiva dos papagaios.

Na verdade, levando em consideração que uma boa parte do dinheiro ainda será canalizada para o consumo, há risco até de a situação piorar na virada do ano. Isso porque há uma tendência de se usar o décimo-terceiro para compor a entrada em um contrato de pagamento parcelado. Assim, os valores do bônus podem servir de "alavanca" para o usuário obter acesso um bem que custa várias vezes mais.

Sugiro ao leitor que dedique algum tempo para planejar o que fazer. Na sequência você encontra algumas sugestões. Se você quiser mandar as suas, fique à vontade. Escreva para financaspessoais@gazetadopovo.com.br.

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