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Veja as mudanças que ocorreram nos fundos de investimento antes e depois da crise |
Veja as mudanças que ocorreram nos fundos de investimento antes e depois da crise| Foto:

Quem ouvia as notícias sobre a crise econômica lá no seu início, em meados do ano passado, tinha a impressão de que nada seria como antes no mercado financeiro brasileiro. De fato, as notícias eram ruins e o panorama deteriorou-se bastante antes de clarear novamente. Mas estamos longe do fim do mundo, e os números ajudam a demonstrar isso.

A indústria de fundos de investimento passou por tempos complicados, mas resistiu muito bem tanto à crise quanto ao remédio – os juros baixos, que, temia-se, provocariam uma fuga das aplicações de renda fixa oferecidas pelos bancos. O último relatório mensal da Associação Brasileira de Bancos de Inves­­timento (Anbid), com dados referentes a junho, mostra um patrimônio que soma R$ 1,21 trilhão. O valor supera em 9,8% aquele registrado em dezembro de 2007, antes que qualquer efeito da crise das hipotecas americanas desse as caras por aqui.

As principais categorias de fundos tiveram crescimento nesse período. Fundos DI? Tinham patrimônio de R$ 169,3 bilhões em dezembro de 2007, subiram para R$ 186,3 bilhões em junho deste ano. Renda fixa? Cresceram de R$ 341,2 bilhões para R$ 351,9 bilhões. Exceção natural fica com os fundos de ações, principais vítimas da encrenca financeira. Seu patrimônio recuou de R$ 143,2 bilhões para R$ 136,4 bilhões.

A tabela mostra como ficou a participação dos tipos de fundos no patrimônio total da indústria. O crescimento proporcional da Previdência não surpreende, porque essa tem sido há anos a categoria que mais cresce. Em 1999, significava apenas 0,36% do total de aplicações em fundos de investimentos. Agora, está perto de suplantar os fundos de ações.

Saúde!

Um estudo do governo britânico estima que a atual pandemia de gripe pode fazer com que um em cada oito trabalhadores do Reino Unido tire licença médica por ter sido contaminado pela doença ou ainda para cuidar de um parente doente. Lá, teme-se que no auge do inverno um terço dos habitantes tenham sido infectados, o que converte a gripe suína no principal desafio à saúde pública em décadas. Segundo a faculdade de Economia da universidade de Oxford, o impacto sobre o PIB nacional pode chegar a até 5% – um desastre para quem ainda não está 100% recuperado de uma grave recessão.

No Brasil, as consequências da gripe em termos econômicos ainda não estão bem claras. E certamente serão desiguais, já que os estados mais quentes do Nordeste devem sofrer menos do que a turma aqui do Sul. Mas não devem ser subestimadas. Imagine uma microempresa – uma loja de roupas, por exemplo –, que conta com uma força de trabalho pequena. Nesse caso, um único caso de gripe pode ser suficiente para paralisar a operação.

Todo cuidado é pouco. Estão certas as empresas, por menores que sejam, que estão colocando à disposição dos funcionários álcool para higienização e mudando os bebedouros, entre outras atitudes possíveis para reduzir o risco. Mas já que o problema está aí, pode-se aproveitar para buscar avanços. Fornecer ou baratear o acesso à vacina contra a gripe comum já ajudaria a reduzir o pânico causado pela doença.

Passou?

Nada como voltar de férias e descobrir que as coisas melhoraram na sua ausência.

Parece ser o que aconteceu com a economia nas três semanas em que esta coluna deixou de circular. A taxa Selic está abaixo de 9%, a recessão nos Estados Unidos e na Europa está recuando – há previsões de crescimento de 2,5% nos EUA para o terceiro trimestre! – e empresários da Europa e do Extremo Oriente declaram-se dispostos a investir, nas pesquisas de perspectivas econômicas.

Parece que, finalmente, estamos saindo do atoleiro.

Comunicação

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