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O cenário para investimentos está sempre mudando, e é preciso ficar antenado para aproveitar todas as oportunidades. Por isso é bom reavaliar periodicamente suas decisões

O que é certo em um momento pode não ser no outro. Consultores de carreira, por exemplo, sugerem que você reavalie periodicamente sua vida profissional e busque caminhos que valorizem suas aptidões e pontos fortes.

A regra vale também para as decisões de investimento. O cenário está sempre mudando, e é preciso ficar antenado para aproveitar todas as oportunidades. Veja o caso do leitor Giuliano. Ele concentrou seus investimentos em dois opostos: caderneta de poupança (a mais conservadora das aplicações, que alguns especialistas relutam em chamar de investimento, porque seu objetivo principal é apenas preservar o poder de compra do poupador) e ações (uma aplicação destinada a pessoas com apetite maior por risco). Hoje, pelo que ele conta, 57% dos recursos estão em bolsa e 43% estão na poupança.

Apesar da relativa preponderância das ações, o leitor é fã da caderneta. Uma das razões é que ele andou apanhando um bocado na bolsa. Nos últimos dois anos, seu capital investido em ações se valorizou em 2,5%. Já a poupança deu 7,5% de ganho nominal em 2011 e 6,9% em 2010. Entusiasmado, ele faz até uma lista das vantagens da caderneta:

- é muito simples investir nela. Basta uma simples transferência, sem o custo de um DOC ou TED, e o dinheiro já está lá;

- ausência de impostos;

- para quem tem pouco dinheiro é a melhor opção. "Se comparar com ações, é certeza absoluta", diz ele. "Para começar a brincar com ações você deve ter pelo menos valor suficiente para comprar um lote de uma ação qualquer. Petrobras PN está cotada a R$ 21,42. Logo, precisaria de R$ 2.142, sem contar as taxas."

- resgate fácil, sem limites de data (em muitos fundos de investimento, os resgates são feitos sempre um dia depois da solicitação feita pelo investidor).

Giuliano acha que poderia, talvez, encontrar opções mais rentáveis – mas se sente à vontade com os investimentos que tem. "Talvez por estar numa zona de conforto e em algo que conheço bem, não consigo mudar para o Tesouro Direto e muito menos para DI", diz.

Cada uma das aplicações tem suas vantagens. As da poupança ele definiu muito bem – ela se presta perfeitamente, inclusive, para compor uma reserva de liquidez, para ser usada em caso de necessidade imprevista. Já as ações se encaixam bem com os seus 20 e poucos anos de idade. Ele tem muita vida pela frente e seus papéis ainda podem se valorizar bastante.

A questão é que ele não precisa mudar. Em lugar disso, ele pode acrescentar novas opções de investimento ao seu portfólio. Em vez de depositar na caderneta ou comprar ações, o leitor pode fazer uma experiência de diversificação.

Para isso, o Tesouro Direto é uma opção e tanto – sobre os fundos DI, é preciso levar em conta o tempo de investimento e a taxa de administração, e sobre isso a reportagem abaixo pode trazer alguma luz.

O Tesouro Direto é mesmo um pouco mais complicado que a poupança. É preciso ter conta em corretora (o Giuliano já tem, já que investe em ações) e ter em mente que, se for preciso resgatar o dinheiro antes do vencimento dos títulos, talvez seja preciso esperar um pouco – o Tesouro só faz recompras de títulos às quartas-feiras.Por isso, antes de investir é bom estudar um pouco, visitar o site www.tesourodireto.gov.br, conversar com pessoas que já experimentaram essa modalidade.

Das antigas

Giuliano já apareceu na coluna. Há dois anos, ele escreveu para contar que, depois de comprar um carro, passou a gastar mais do que ganhava. De lá para cá, ele disciplinou os seus gastos e até criou uma reserva para despesas extraordinárias – uma recomendação da coluna, que dizia que "ele precisa estar pronto para o caso de bater o carro e ter de desembolsar a franquia".

E não é que foi assim? "No começo do ano... aconteceu! Acabei batendo o carro mesmo, e tinha esse dinheiro reserva guardado para essas emergências. Agradeço as dicas, muito boas", escreveu.

Que bom que elas foram úteis, Giuliano. E não se esqueça de cuidar bem de seu dinheiro e dirigir com atenção dobrada.

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